A população da Pampilhosa era, até ao século XVIII, diminuta e subsistia da agricultura e da pecuária.

A aldeia pertenceu ao concelho de Coimbra até à década de cinquenta do século XIX. Só pelas alterações do decreto de 31 de dezembro de 1853 ao Código Administrativo de 1842, a freguesia da Pampilhosa deixa o seu vínculo secular ao concelho de Coimbra e é integrada no concelho da Mealhada.

A primeira referência encontrada acerca de existência de uma Junta de Paróquia na Pampilhosa remonta a 1849, sendo presidente o Sr. Manuel José Christina. No entanto, três anos antes, em 1846, surgem as primeiras evidências relativas à organização administrativa da Pampilhosa num documento da Administração do concelho de Coimbra, em que é nomeado como substituto do regedor da Paróquia da Pampilhosa, o Sr. Agostinho José de Mello.

Em termos de vínculos administrativos com Coimbra, estes foram definitivamente quebrados em 1855 (decreto de 24 de outubro) quando o concelho da Mealhada é integrado no distrito de Aveiro, deixando de pertencer ao de Coimbra. Nos finais do século XIX, princípios do século XX, a vida desta pequena aldeia foi completamente transformada com a chegada dos caminhos-de-ferro, e com a construção da linha da Beira-Alta, em 1889. Com esta excelente via de comunicação, a indústria implantou-se dando uma nova vida à população da Pampilhosa. Assim cresceu enormemente, proliferando as indústrias de cerâmica, transformação de barro, metalúrgica e madeira.

Em 24 de junho de 1983, é proposta a elevação da Pampilhosa a vila, por iniciativa do Grupo Parlamentar do PCP, que apresenta à Assembleia da República o projeto-lei nº 123/III, de 22 de junho, justificando tal facto pela “dimensão populacional da povoação de Pampilhosa (…), o maior centro populacional do concelho da Mealhada”; pelo “desenvolvimento económico desta povoação, sobretudo no domínio das indústrias de cerâmica, madeiras e metalomecânica ligeira”; ser “um dos maiores entroncamentos ferroviários do país”; e ainda pelo “seu equipamento social, cultural e desportivo”.

Em 9 de julho de 1985 a Pampilhosa é elevada à categoria de vila, vindo regulamentar este acontecimento, a Lei 67/85, de 25 de setembro; era então presidente da Junta de Freguesia João Matos de Oliveira que tinha como secretário Antonino Alves Pessoa e tesoureiro Delfim Soares de Oliveira.

Volvidos 35 anos de elevação a vila e num período tão controverso, onde as indústrias do barro, e outras aqui anteriormente instaladas, se extinguiram por não acompanharem o progresso, a Pampilhosa vive um período de estagnação económica, caindo aos poucos à condição de “dormitório”. Nesta vila, por estar bem localizada e ter boas acessibilidades, quer por via ferroviária, quer por via rodoviária, e pela proximidade com Coimbra, Aveiro e Mealhada, as pessoas encontraram a tranquilidade e habitações a preços mais económicos que nas cidades, fixando-se e elegendo-a como seu lugar de habitação.

A Pampilhosa tem potencial para investimento industrial/económico, tendo boas acessibilidades, onde a ferrovia converge entre a linha do Norte e a linha da Beira Alta, para além da proximidade com acessos à Autoestrada A1, IC2, IP3 e A14. Está dotada de equipamentos escolares e desportivos, extensão de saúde, IPSS, comércio local diversificado e farmácia, Igrejas de várias confissões religiosas, sendo um polo rico em associativismo com 13 associações sediadas na freguesia, o que orgulha o apelido de “Farol da Cultura”.

 

 

Junta de Freguesia da Pampilhosa