O Município da Mealhada foi um dos 59, no país, que receberam o selo de mérito do Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais, no âmbito da 3.ª edição da Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI).
Este projeto tem como missão reconhecer os municípios e as freguesias do território nacional com as melhores práticas e as medidas de apoio em benefício dos cuidadores informais. A Mealhada foi reconhecida com o projeto “Cuidar, Intervir, Dignificar”.
“Implementado pela Autarquia da Mealhada, o ‘Cuidar, Intervir, Dignificar’ é um programa que tem como objetivos o apoio psicológico de cuidadores por parte de técnicos especializados, o acompanhamento no preenchimento de formulários e requerimentos de apoios sociais e de saúde, a criação de gabinetes de atendimento descentralizado em todas as freguesias do concelho para um atendimento de proximidade e a realização de ações de sensibilização e de ações de capacitação, apoio psicossocial e promoção da literacia em saúde”, lê-se num comunicado municipal.
No total, o júri da iniciativa Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais, do Movimento Cuidar dos Cuidadores, analisou 66 projetos de autarquias locais. Destes, foram reconhecidos projetos de 59 autarquias que, de acordo com os representantes das associações que compõem o Movimento e que as avaliaram, se destacam pelo cumprimento dos critérios definidos, sendo-lhes, por isso, atribuído um Selo de Mérito.
O júri foi composto por membros do Movimento, nomeadamente: Catarina Alvarez, em representação da Alzheimer Portugal, Celeste Campinho, presidente da Associação das Doenças da Tiróide, Margarida Costa, em representação da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Palmira Martins, em representação da RD Portugal e Vítor Neves, presidente da EuropaColon.
Recordamos que, entre outras medidas, por exemplo, o Governo aprovou, em 2021, licença de cinco dias para cuidadores informais não principais, prevendo-se assim “o direito a faltar 15 dias, sem perda de direitos exceto retribuição, aos cuidadores informais não principais reconhecidos por necessidades da pessoa cuidada (familiar até 4.º grau em linha reta e colateral)”. Um estudo de 2020 apontava para que perto de 1,4 milhões de pessoas em Portugal fossem cuidadores informais.