A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, que se reuniu esta quinta-feira, dia 16 de maio, em sessão do Conselho Intermunicipal, em Oliveira do Hospital, saudou o processo de decisão sobre o novo Aeroporto de Lisboa, desejando que o mesmo seja efetuado no calendário apresentado. No entanto, alerta para a necessidade de uma visão de país e não apenas da capital, assegurando que este e outros projetos de infraestrutura contribuam para um desenvolvimento harmonioso do território nacional, evitando o agravamento das assimetrias territoriais.
Nesse sentido, a CIM Região de Coimbra destaca a importância de materializar, a curto prazo, o conjunto de infraestruturas previstas nos diversos instrumentos de planeamento dos sucessivos governos, com ênfase especial na região Centro. “São projetos essenciais para o desenvolvimento da região: a conclusão da requalificação da linha da Beira Alta e do ramal ferroviário da Figueira da Foz, a requalificação do porto da Figueira da Foz, a duplicação do IP3 com ligação em perfil de autoestrada, a conclusão do IC6, a alternativa à Estrada N17, a melhoria das ligações a Góis, a expansão do Sistema de Mobilidade do Mondego e a conclusão dos investimentos previstos no Programa Nacional de Investimentos e no Plano Rodoviário Nacional”, lê-se num comunicado da Comunidade Intermunicipal.
Ligação ferroviária com Espanha: um pilar estratégico
A CIM Região de Coimbra sublinha, ainda, o papel estratégico que a região possui na ligação ferroviária com Espanha, quer ao nível de passageiros, quer ao nível de carga. “É crucial que o nível de serviço e qualidade desta ligação seja melhorado e ampliado após o término das obras em curso”, destacam.
Aeroporto na região Centro: uma necessidade imperiosa
“A região Centro não pode continuar a ser a única região do país desprovida de infraestruturas aeroportuárias. No processo de construção do novo aeroporto de Lisboa, deve ser acautelada a existência de um aeroporto na região Centro, de preferência utilizando territórios preparados e infraestruturas preexistentes. Tal medida aumentaria a capacidade aeroportuária de Portugal e contribuiria para um desenvolvimento mais equilibrado do território”, apelam os autarcas, que reiteram “disponibilidade para colaborar com o Governo na definição e implementação de políticas públicas que promovam o desenvolvimento equilibrado e coeso do território nacional”.