O Município da Mealhada despendeu, em 2020, de uma verba de cerca de um milhão de euros, no combate à pandemia por Covid-19, concretamente em testes, equipamentos de proteção individual, campanhas e subsídios com destino, nomeadamente, às Instituições Particulares de Solidariedade Social, às associações de bombeiros e à comunidade em geral. A testagem foi a prioridade escolhida pela Delegada de Saúde da Mealhada, desde o início da pandemia, tendo, ontem, na sessão pública do executivo camarário, agradecido à Autarquia a aceitação da sua postura de rastreio, assim como «estar do seu lado no trabalho que tem realizado em prol da comunidade».

Anunciação Costa, Delegada de Saúde na Mealhada, esteve, ontem, presente na reunião pública do executivo, depois do pedido de avaliação, por parte dos vereadores da coligação «Juntos pelo Concelho da Mealhada», ao protocolo seguido no concelho e respetiva conjugação com o protocolo seguido pelo Município, referente ao combate à pandemia. «Desde o início, escolhi fazer rastreios e priorizei algumas entidades. Comecei pelos lares, seguiram-se as escolas e depois também os restaurantes e similares, neste caso dando prioridade a tudo aquilo que era manipulador de alimentos», referiu Anunciação Costa, assegurando que esta posição de realizar os testes conseguiu «acalmar a população».

«Relativamente à escolha do teste A, B ou C, isso ficou a cargo da ARS e da Comunidade Intermunicipal», tendo a Delegada de Saúde agradecido à Câmara «estar do seu lado». «Com esta postura de rastrear, temos vindo a conseguir encontrar mais cedo os possíveis focos de contágio. Estou cá para trabalhar com profissionalismo para a minha comunidade», acrescentou, lamentando que a falta de recursos humanos tenha dificultado a tarefa, principalmente a partir do mês de julho.

Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, elogiou a assertividade da Delegada de Saúde. «A Autarquia procurou sempre melhorar as condições do serviço da senhora Delegada de Saúde e a prova disso é que até adquirimos um carro para estar sempre disponível nas suas deslocações diárias entre os diversos locais do concelho onde é necessária a sua presença», disse o autarca.

Também a vereadora Arminda Martins, que tem estado no terreno com a Delegada de Saúde, em representação da Autarquia, afiança que «há muitas pessoas que não querem cumprir as normas de segurança e muitas até prevaricam». «Ainda na semana passada, assisti a uma pessoa que, obtendo valores altos no teste, foi-lhe recomendada a zaragatoa e foi muito mal-educada para com a senhora Delegada de Saúde», descreveu Arminda Martins, referindo que «muitas pessoas não percebem, ou efetivamente não querem perceber, o que é um agregado familiar. Não se convencem de que estamos a viver uma pandemia!».

Na sessão de ontem foi também aprovado, e no contexto da covid-19, um apoio de 2.500 euros aos Bombeiros da Mealhada e outro de igual valor à corporação da Pampilhosa; assim como um de 122 mil euros destinado às 13 IPSS concelhias. «Demos inicialmente um apoio de 78 mil euros às IPSS, agora complementamos esse subsídio extraordinário atingindo assim os 200 mil euros», afirmou Rui Marqueiro, explicando que «há um valor fixo atribuído a todas as IPSS e um acrescido, variável, mediante o número de utentes existente em cada uma».

 

Mónica Sofia Lopes