A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Mealhada pretende abrir uma Escola de Infantes e Cadetes, destinada a crianças e jovens dos seis aos 16 anos, e, para isso, tem já abertas inscrições sob o mote «Para seres o verdadeiro herói, temos a tua farda!». Os interessados podem pedir mais informações através do correio eletrónico escolinhabvmealhada@gmail.com.
«Foi um desafio lançado por alguns elementos do corpo ativo que, para além de considerarem que isto faz sentido, acima de tudo manifestaram intenção de se responsabilizar por assumir esta “valência”», declarou, ao nosso jornal, Nuno João, comandante dos Bombeiros da Mealhada, garantindo que esta atitude representa «empenhamento» sobre algo que representará também «trabalho e investimento para a associação».
Com intenção de que esta escola possa entrar em funcionamento no próximo mês de setembro, com o início do novo ano letivo escolar, inicialmente prevê-se que as atividades aconteçam quinzenalmente. «Queremos deixar-lhes o gosto pelos bombeiros e começar a cativar para este tipo de voluntariado que é tão específico», explicou ainda o comandante Nuno João, garantindo que as atividades «serão obviamente relacionadas com as atividades da associação, mas em que todos os participantes terão uma farda. Acho que, muito mais do que pensarmos que poderá ser o início de vida de um bombeiro, o foco será também o de lhes transmitir conhecimento, útil».
A procura até então, segundo o comandante dos Bombeiros da Mealhada, «vinha mais por parte de pais que também são Bombeiros. Agora teremos a oportunidade de ver como será também a adesão por parte da sociedade civil».
A corporação da Mealhada atravessa a «crise» do voluntariado igual à de outras associações humanitárias do país. «Temos mais de seis dezenas de elementos no corpo ativo. Duas Equipas de Intervenção Permanente asseguram, diariamente, o horário das 7h00 às 23h00, o que obriga a que, todas as noites, tenhamos no quartel cinco voluntários a assegurar o serviço. Fazendo as contas significa que cada um destes voluntários dorme três noites por mês no quartel, o que perfaz um mês fora de casa ao fim de um ano. Se somarmos a isto, os voluntários que trabalham por turnos, então basta pensarmos no compromisso sério e grande que estabelecem e cumprem», sublinhou ainda o comandante Nuno João.
Texto de Mónica Sofia Lopes
Fotografia Facebook “Bombeiros Mealhada”