A aquisição do edifício da antiga Meagri (Cooperativa Agrícola do concelho da Mealhada) em Barcouço foi o maior investimento na freguesia, neste primeiro ano do segundo mandato de João Cidra Duarte. Um espaço que servirá de Estaleiro e cuja compra, no valor de quarenta e dois mil e quinhentos euros, só foi possível com o apoio da Câmara da Mealhada, que fez face a praticamente todo o custo do imóvel.

“Foi um valor de oportunidade que conseguimos negociar com a massa insolvente da Meagri”, começou por explicar, ao «Bairrada Informação», João Duarte garantindo que o espaço, constituído por três edifícios, foi “uma aquisição muito positiva para a freguesia”. “A Junta já tem um bom número de equipamentos que careciam de um espaço digno”, disse ainda.

Mas a aquisição, do que será o futuro Estaleiro da Junta de Freguesia de Barcouço, só foi possível com o apoio financeiro da autarquia mealhadense, no valor de quarenta mil euros. “É um património que fica na freguesia e que a Câmara poderá também usufruir”, explicou o presidente da Junta.

João Duarte enfatiza, aliás, que as grandes intervenções na freguesia só se realizam pela disponibilidade que a Câmara tem. “Para 2019 temos um orçamento de cento e dezassete mil euros que, entre muitas coisas, dá resposta a todas as despesas de quatro funcionários (uma na Junta, outra nos Correios e dois trabalhadores de serviço externo). A freguesia é muito grande, tem dez localidades e cerca de dois mil e cem habitantes. Se não fossem as transferências municipais, quase nada era possível!”, enaltece o autarca, garantindo que “a gestão é levada ao limite”. “O facto de eu ser engenheiro civil permite poupança em muitas coisas. Por outro lado, algumas das pequenas obras são feitas pelos nossos dois funcionários”, garante.

Outra das mais-valias foi uma candidatura a fundos comunitários que permitiu “melhorias no saneamento em vários locais da freguesia”, estando agora em cima da mesa uma outra para substituição de toda a rede de água antiga. “A atual tem mais de quarenta anos e tem causado imensas ruptura”, explicou-nos ainda o presidente da Junta de Barcouço.

Parque Verde Adriano J. Barata Martins

A cumprir o segundo mandato à frente dos destinos da freguesia, João Duarte enumera muitas das obras feitas nos últimos cinco anos. “Requalificação urbanística da Rua Central e do Jardim Público de Barcouço, com a criação de instalações sanitárias; reconstrução da ‘Casa da Dona Esperança’ destinada às atividades de quatro associações da freguesia; requalificação de tanques pela freguesia; execução de alguns passeios na freguesia; requalificação das rotundas; criação do Parque Verde Adriano J. Barata Martins, com o apoio do ‘senhor Aires’, da Junta e da Fundação Bussaco que disponibilizou as árvores; e até a construção uma instalação sanitária numa habitação na Quinta Branca de um munícipe que não tinha possibilidades de o fazer”, referiu o autarca.

Para o futuro, o presidente da Junta tem intenção “de melhorar os caminhos agrícolas e florestais, que é uma das dificuldades reconhecidas na freguesia” e conseguir também “um espaço para depósito de ‘monstros’, junto ao campo de futebol”. Como prioridade está “o melhoramento das condições no Cemitério”.

No epicentro da freguesia, “colada” ao município de Coimbra, nada falta, como defende o autarca. “Temos correios, extensão de saúde, instituição bancária, farmácia, clínicas dentárias, Centro de Dia (com Lar em fase de conclusão), infantário, escola básica do 1.º ciclo, supermercados, cafés e restaurantes. Nada falta para se viver bem”, elogia João Duarte, que não esquece o facto das “grandes” empresas também contribuírem para o desenvolvimento local. A exemplo, conta, “depois dos incêndios de 2017, a Transportes Pascoal cedeu-nos um milhar de árvores para podermos distribuir pela população”.

 

Mónica Sofia Lopes