A prestação de contas consolidada de 2019 do Município da Mealhada foram aprovadas, por maioria, pelos deputados na Assembleia Municipal, em sessão que se realizou na tarde da passada sexta-feira. A falta de informação acerca das contas da EPVL estiveram na base dos votos contra dos deputados das diversas bancadas da oposição.

«É nos pedido que votemos aqui as contas que a sócia única da escola se absteve de votar. Há muita opacidade neste processo», referiu Ana Luzia Cruz, do Bloco de Esquerda. Também Luís Brandão, da coligação «Juntos pelo Concelho da Mealhada», questionou: «Se as contas não foram ratificadas pelo órgão deliberativo da escola, será que faz sentido serem votadas pela Assembleia Municipal?». O deputado disse ainda que as dúvidas existentes serão remetidas para o Tribunal de Contas, DIAP de Aveiro e Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro.

Rui Marqueiro, presidente da Autarquia, referiu, o que aliás tem vindo a dizer nas últimas sessões, de que «a escola foi sempre insustentável financeiramente. A escola nunca foi gerida com o princípio da sustentabilidade, mas sim na visão dos alunos e em integrá-los». Para além disso, explicou o autarca, «quando se compra uma sociedade, compra-se o ativo, o passivo e a história. Os senhores que estiveram na assembleia geral (em junho passado) não estiveram nas contas de 2019 e decidiram abster-se. Não votaram contra». «Tenho 40 anos de vida pública, sem um único reparo e isso incomoda muita gente! Defenderei a minha honra até às últimas consequências», sublinhou ainda o autarca.

A prestação de contas foi aprovada por maioria com treze votos a favor, da bancada do PS; oito votos contra, por parte dos deputados da coligação e da deputada do Bloco de Esquerda; e com as abstenções do deputado do PCP e do presidente da Junta de Casal Comba.

 

Mónica Sofia Lopes