Paulo Rangel, cabeça de lista do Partido Social Democrata às eleições europeias, que se realizam no próximo dia 26 de maio, elencou, ao final da tarde de 5 de abril, na vila do Luso, algumas metas da sua candidatura, nomeadamente, o fomento de “uma estratégia comum para a Natalidade”, a criação de uma “Força Europeia da Proteção Civil”, bem como “travar a redução dos fundos para Portugal”. Rui Rio, líder do partido, apelou ao voto, garantindo que “o primeiro objetivo desta campanha é o combate à abstenção” e numa referência à lista do Partido Socialista, descreveu-a como “um depósito de ex-governantes de Sócrates e de António Costa”.

O PSD escolheu o Luso, no concelho da Mealhada, para a apresentação pública da lista dos candidatos do partido ao Parlamento Europeu. Paulo Rangel leva consigo nomes como Álvaro Amaro e Carlos Coelho, numa lista onde as mulheres têm a maioria. “Uma lista de excelência”, começou por elogiar Paulo Rangel, acrescentando que “nela” há “arrojo com consistência, paridade e frescura intergeracional, com pessoas com conhecimento das matérias e do terreno”.

Nas metas da candidatura elencadas, Paulo Rangel quer “união bancária; políticas de apoio à inovação e às empresas; colocar a ciência no topo; um mercado único digital; e uma agricultura mais próspera”. Mas o maior foco foi para a natalidade, com o candidato a garantir ser este “um problema de todos os estados membros”. “Tem que ser criada uma política comum para a Natalidade, pois é um problema de todos”, referiu, acrescentando também querer uma “Força Europeia da Proteção Civil”, explicando que para o PSD “a segurança de pessoas e de bens é uma prioridade política”.

“Connosco não haverá redução de fundos comunitários para Portugal porque nós vamo-nos debater até ao fim para que isso não aconteça”, enfatizou, garantindo ter consigo “uma equipa absolutamente convicta de que temos o melhor projeto para a Europa e para servir os portugueses”.

Feitas as críticas ao atual governo, que passaram pela polémica das “relações familiares” e pelo “estado da saúde no país”, por parte do candidato europeu do PSD, coube a Rui Rio apelar ao voto, nestas eleições, referindo que, em 2014, “só um terço da população portuguesa votou”. “O primeiro desafio e tarefa que todos temos é o combate à abstenção”, apelou.

Nas motivações a estas eleições europeias, o líder do PSD declarou que “a Europa é cada vez mais importante para as pessoas”. “As decisões que lá se tomam, tocam-nos muito de perto”, até porque, continua, “Portugal sem o projeto da União Europeia nunca tinha tido influência no mundo”.

Para além disso, Rui Rio considera que, no próximo dia 26 de maio, “os portugueses vão dizer de uma forma clara se estão contentes ou descontentes com a governação do PS”. “Votar no PS é dizer que como está, está bem. Estarão a dizer, por exemplo, que não é preciso fazer nada nos serviços públicos”, continuou, afirmando que “a lista socialista é um depósito de ex-governantes do PS de Sócrates e de António Costa”. “A importância que o PS dá à União Europeia passa pela forma como vão ‘arrumar’ as pessoas”, disse.

No critério da lista do PSD, Rui Rio fala “em compromisso entre experiência e juventude; distribuição territorial justa e competências diversificadas; e ainda numa renovação equilibrada”.

Carlos Moedas, mandatário da candidatura, recordou que a nova geração, que começa nos anos setenta, “deve muito à Europa”, enfatizando que “nove milhões de jovens fizeram Erasmus” e que “muitos cientistas nunca tinham saído de Portugal sem este projeto”.

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

Fotografia de José Moura