O maior número de ninhos de vespa velutina (asiática) no mesmo espaço que os técnicos da Associação Modelismo do Centro de Portugal viram foi no concelho da Mealhada, concretamente em Barcouço, recentemente e já depois do temporal da Leslie.

Catorze ninhos numa cobertura em chapa, situada em Barcouço, que se juntaram ao número global de cento e trinta e cinco ninhos intervencionados no concelho da Mealhada, desde abril até agora. «Ao todo, nos vinte e seis municípios onde fazemos trabalho, e que vão desde Lamego (Norte) a Gavião (Sul), já intervencionamos dois mil ninhos durante este período», explicou, ao nosso jornal, Carlos Filipe, da direção da AMCP de Coimbra, que, hoje, numa sessão nos Paços do Município da Mealhada, explicou que a técnica da garrafa utilizada no concelho mealhadense (ler em https://www.bairradainformacao.pt/2017/11/27/mealhada-problematica-da-vespa-asiatica-vai-envolver-comunidade-escolar/) “ajudou muito a que a vespa não se tenha propagado muito”. “Em Anadia, por exemplo, já vamos nos 400”, acrescentou.

Na ocasião, Rui Marqueiro, presidente da Autarquia, entregou aos comandantes das corporações de Mealhada e Pampilhosa, Nuno João e Fernando Abrantes, um kit de intervenção, aprovado em reunião do executivo, também na manhã de hoje.

“No reservatório que têm, colocam-se químicos biológicos e outro tanto de inseticida e mete-se no ninho”, explicou ainda, garantindo estar a ser esta “uma medida eficaz”.

O trabalho de intervenção nos ninhos de vespa asiática por parte da Associação Modelismo do Centro de Portugal surge pela necessidade de um estudo através de drones, que foi mais longe, e hoje, dá apoio às intervenções realizadas pelos Bombeiros.

“A propagação foi grande no último mês, em primeiro lugar porque as temperaturas não baixaram muito e, em segundo, porque a Leslie ‘transformou’ um ninho em catorze, por exemplo, como aconteceu em Barcouço”, acrescentou, relembrando, contudo, os sítios mais improváveis de desenvolvimento dos ninhos: “Telheiros, galhos de árvores, casas desabitadas, plástico de uma estufa, garagens, silvas, etc.”.

Em caso de detetação de ninho, a população deve no imediato alertar os serviços municipais, as Juntas de Freguesia ou as corporações dos Bombeiros.

 

Mónica Sofia Lopes