Têm dois meses, chamam-se Lara e Tiago, residem na Antes e têm em comum, para além do facto de serem gémeos, terem “ganho” do Município da Mealhada mil e quinhentos euros cada. O motivo? Serem naturais do concelho da Mealhada e os primeiros a usufruírem do Regulamento Municipal de Apoio à Natalidade e ao Desenvolvimento Económico Local.

Ana Isabel e Rui Correia, acompanhados dos gémeos Lara e Tiago, estiveram, na manhã de 5 de março, na Câmara da Mealhada a receberem os primeiros valores gastos em despesas com os filhos.

Os cheques entregues, ontem, foram simbólicos, mas os valores representativos para cada – 223,77 euros e 148 euros – já foram recebidos pelo casal. “Apresentámos despesas com fraldas, leite, toalhetes, biberons,…”, disse, ao «Bairrada Informação», Ana Isabel, garantindo que “tudo isto seriam despesas efetuadas mesmo sem o apoio”, mas que com esta ajuda monetária “a vida fica bem mais facilitada”. “É uma grande ajuda”, elogiou.

Apoiar a natalidade no concelho da Mealhada e consequentemente impulsionar o comércio local são as bases do regulamento, que foi aprovado, em julho passado, pelo executivo mealhadense de então. Ao todo, cada família abrangida por esta medida, arrecada, por cada nascimento, um apoio de mil e quinhentos euros, prevendo a autarquia que este seja um investimento anual a rondar os duzentos e cinquenta mil euros.

Na nota justificativa, publicada em Diário da República, a Câmara da Mealhada alega que este regulamento é um “incentivo financeiro à natalidade, com repercussão na atividade económica local, dando assim uma resposta conjugada a dois problemas que se começam a sentir com acuidade acrescida, desde o último censo populacional”.

Os interessados em mais informações devem consultar o regulamento no site da autarquia e/ou contactar o correio electrónico nunocanilho@cm-mealhada.pt.

Aquando da reunião pública de março da Câmara da Mealhada, Nuno Canilho, vereador responsável pela Ação Social, apelou a que esta iniciativa seja divulgada “para assim dar a conhece-la a outros pais e crianças que estejam na mesma situação”.

 

Mónica Sofia Lopes