Na cerimónia de apresentação do ciclo de concertos “Sons do Bussaco”, António Gravato, presidente da Fundação Mata do Bussaco explicou que “a programação não foi feita para todo o ano porque em junho ou julho, o Convento entrará em obras e deveremos ter condicionantes”.
“Algum dia teria que ser”, disse António Gravato, respondendo às questões dos jornalistas acerca da obra ter início no período de verão. “É importante relembrar que este edifício foi construído em 1628 e que em 1828 foi tragicamente atingido pela construção do Palace. Agora, em 2017, é imperativo que seja feita a sua requalificação”, explicou António Gravato, que adiantou ainda que “a fase de escolha de empreiteiro está a terminar e que tudo prevê que nos meses de junho, julho seja feito o seu arranque”.
Recordamos que, e segundo um comunicado de imprensa da Câmara da Mealhada, em novembro passado, “trata-se de uma obra complexa, já que a intervenção é sobre um património histórico, que terá em conta as exigências da Direção Regional de Cultura do Centro, com quem a Autarquia celebrou um contrato, assumindo-se como dono da obra e assumindo a componente financeira nacional do financiamento comunitário que vier a ser atribuído à candidatura apresentada pela Fundação Mata do Bussaco”.
“Uma obra orçada em um milhão de euros e que depois adjudicada terá um prazo de execução de um ano”, continua o mesmo documento, que explica que “os trabalhos englobam a conservação e restauro de fachadas, paredes e tetos interiores, recuperação de vãos interiores e exteriores, recuperação de coberturas e correções ao nível da drenagem das águas pluviais e pavimentos”.
O Convento de Santa Cruz e as Capelas dos Passos da Via-Sacra estão classificados como Imóvel de Interesse Público, desde 1943, tendo esta classificação sido alargada à Mata Nacional do Bussaco em 1996. “Para muito breve”, e segundo António Gravato, “está a designação do Bussaco a Monumento Nacional”.
Fotografia de Arquivo da Câmara da Mealhada