«Plantar no presente, garantir o futuro» é o nome dado ao projeto de reflorestação na Escola Básica e Secundária de Anadia, no âmbito do programa Eco-Escolas, que junta o Agrupamento de Escolas, a Câmara Municipal e a Master Natura, Gestão de Espaços Verdes, Lda. Ontem, o projeto passou, efetivamente, para o terreno com o início da plantação de 112 árvores no perímetro da escola, sendo, a partir de agora, alvo de monitorização «apertada» por parte de professores e alunos.
Em maio de 2023, as três entidades – Agrupamento de Escolas, Município e Master Natura – assinaram um protocolo que visava a reflorestação de mais espaços, bem como a monitorização das árvores. «Procedemos a uma parceria que teve como foco o povoamento da escola-sede, num exercício ecológico e de cidadania, em que os miúdos passam a dar importância e a ter outro olhar para com as árvores», explica Aníbal da Silva, diretor do Agrupamento de Escolas de Anadia, referindo que «a Master Natura ajudou na escolha e cedência das árvores, ficando a parte logística e mão de obra a cargo da Autarquia».
A Escola Básica e Secundária de Anadia tem 1.500 alunos, do 5.º ao 12.º anos, sendo que neste projeto participam todas as turmas do quinto ao sétimo anos, apadrinhando as árvores que vão sendo plantadas, numa lógica de serem os próprios alunos a fazerem o acompanhamento. «É uma ação muito importante, pois há muitas pessoas a cortarem árvores e “elas” significam mais oxigénio e mais Natureza», disse, ao nosso jornal, Inês Carvalho, de 11 anos, aluna do sexto ano, que acerca do que faz no seu dia-a-dia para contribuir para a preservação do ambiente, é perentória: «Reciclo e a partir de agora vou também preservar estas árvores». Com a mesma idade e no mesmo ano, encontrámos César Augusto, que considera que «plantar árvores é muito importante porque ajuda o planeta». Como outras ações que podem contribuir para a redução da pegada ecológica, o aluno destaca «a reciclagem e não se provocar fogos».
Isa Mateus, da Master Natura, congratula a iniciativa, explicando que a empresa que representa «fez o estudo e forneceu as 112 árvores». «Começámos por proceder à georreferenciação e identificação das árvores existentes, para que pudéssemos elaborar um estudo. A escolha foi por espécies autóctones – nomeadamente, pinheiro bravo, freixo, cipreste, ginkgo biloba e castanheiro – que, à partida, serão de mais fácil adaptação ao local, e foi assim que seguimos com a nossa proposta», continuou, enfatizando que o papel da Master Natura nesta iniciativa «é o de apoiar, envolver e sensibilizar. Não pode ser só plantar. Tem que se cuidar e os dois primeiros anos são muito importantes no acompanhamento, porque estamos a falar de plantas que vêm de viveiro». «No fundo, estamos todos a gerir o património arbóreo numa parceria de sucesso entre todas as entidades envolvidas», destacou ainda Isa Mateus.
Recordamos que o projeto visa, no âmbito da Educação Ambiental, a reflorestação de espaços e a reposição de árvores que deixaram de existir, nomeadamente, em parques verdes e zonas de lazer nos estabelecimentos do Agrupamento de Escolas de Anadia.
Mónica Sofia Lopes