Depois de algumas queixas de munícipes, na semana passada, em algumas freguesias do concelho de Anadia, nomeadamente referentes à cor da água da rede, amarelada, bem quanto ao seu sabor, a Câmara Municipal, após realização de analises, admitiu a deteção de bactérias com possibilidade de “alguns riscos para a saúde relacionados com o consumo direto de água da rede pública”. Já esta segunda-feira, 29 de agosto, o Município emitiu novo comunicado onde informou que, depois das análises realizadas na passada sexta-feira, voltaram a ser realizadas colheitas durante o dia de ontem, aguardando-se os respetivos resultados.

“Os resultados das últimas análises à água da rede de abastecimento público do concelho de Anadia, efetuadas na sexta-feira (26 de agosto), indicam que todos os parâmetros avaliados estão próximos dos valores de referência”, refere o comunicado, que acrescenta que “por precaução”, na manhã de ontem, “foram novamente realizadas análises à água da rede pública, estando o Município de Anadia a aguardar os respetivos resultados”.

A Autarquia de Anadia apela assim, para que continue a manter os mesmos cuidados da informação emitida a 24 de agosto, nomeadamente, “ferver a água durante cinco minutos, contados a partir do momento em que se atinge o ponto de ebulição, ou seja, quando a água começa a borbulhar com maior intensidade; após a fervura, poderá ser adicionada uma gota de limão à água para melhorar o seu sabor; e colocar a água em recipiente tapado e de preferência em local fresco”.

No mesmo comunicado municipal de ontem lê-se ainda que “devido ao reforço do tratamento da água efetuado nos últimos dias e também à captação de água a uma profundidade maior – situação provocada pelos baixos níveis que os depósitos municipais alcançaram – a água poderá apresentar um aroma mais intenso a cloro e uma ligeira alteração da cor, até ao final do dia de hoje (ontem)”.

Recorde-se que a qualidade da água da rede de abastecimento público do concelho de Anadia é controlada através de um plano de análises apresentado à ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos -, que é efetuado através de laboratório acreditado, com acompanhamento da Autoridade de Saúde. Em caso de deteção de valores anormais, são efetuadas análises adicionais ainda mais rigorosas, sendo posteriormente aplicado o devido tratamento.

“Esta situação desagradável, para a qual agradecemos a compreensão, está diretamente relacionada com o estado de seca que afeta o país. Deste modo, apelamos, uma vez mais, a um consumo de água mais racional, sem exageros nem desperdícios”, lê-se ainda no mesmo comunicado, que lembra os munícipes que “a água é um bem essencial à vida que, se não for preservado, se pode esgotar”.

 

Mónica Sofia Lopes