Depois do PS Mealhada ter manifestado o seu “apoio total” e a sua “firme confiança” em todos os membros eleitos, em 2017, nas listas do PS, para a Câmara Municipal local e repudiado «a perseguição a funcionários da Câmara» no caso da acusação do Ministério Público acerca da integração de um assessor de imprensa no Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública; o PSD local, em comunicado, afirma  que acredita «no princípio de separação de poderes e no trabalho dos Tribunais» e descarta a hipótese de terem sido os eleitos do Partido Social Democrata a apresentarem queixa ao Ministério Público, assim como, alegam «desconhecerem o seu autor».

«Tendo tomado conhecimento de notícias que dão conta da existência de um processo judicial em curso relacionado com um concurso para ingresso de um prestador de serviços na Câmara da Mealhada; sabendo nós que tal processo judicial resulta de uma denúncia formalmente “anónima”, mas muito previsível face a alguns comportamentos adotados, neste mandato autárquico, por um certo sector da oposição ao executivo socialista; a comissão política concelhia do PS da Mealhada, para além de repudiar energicamente esta judicialização da política autárquica, manifesta a sua total e firme confiança política nos seus membros com responsabilidades executivas na Câmara Municipal, designadamente na pessoa do seu presidente, o camarada Rui Marqueiro, que tantas vitórias já deu ao PS e muito desejamos que mais vitórias possa ainda conquistar para o nosso partido», lê-se na moção do PS Mealhada, aprovada, por unanimidade, no passado domingo.

Declarações que levaram também o PSD na Mealhada a emitir um comunicado unânime da comissão concelhia política, onde escrevem ser «uma resposta clara às suspeições infundadas do Partido Socialista»: «O PSD Mealhada e os seus eleitos garantem não ter apresentado queixa ao Ministério Público e desconhecem o seu autor». «É ridícula a vitimização do PS Mealhada e a sua estratégia de desvio de atenções da gravidade do processo em que mergulharam o Município. Na política, a transparência implica que se deve explicar as razões de tantas acusações formalizadas pelo Ministério Público, em dois Tribunais diferentes», lê-se no documento, que acrescenta que «aos Tribunais cabe a missão de exercer a Justiça e ao Município de Mealhada, no quadro da lei vigente, trabalhar diariamente pelo interesse público dos nossos cidadãos. É nisso que acreditamos e é o que podem esperar de nós».

 

Mónica Sofia Lopes