Dezenas de pessoas assistiram à dramatização viva do Auto dos Reis Magos, um original de Maria Helena Santos, que se realizou na tarde de ontem, domingo, dia 6 de janeiro, no centro da localidade de Ventosa do Bairro, no concelho da Mealhada.

Organizada pela Paróquia de Ventosa do Bairro, a iniciativa contou com mais de uma dezena de atores amadores. “De todas as Paróquias do município a que tem mais tradição no teatro é a de Ventosa do Bairro”, explicou Arménio Batista, da organização, que a poucas horas do evento ansiava para que a população aderisse e estivesse presente no evento.

E assim foi, primeiro na Eucaristia solene na Igreja Matriz de Ventosa do Bairro, ao início da tarde, e depois, no largo principal da localidade, quando da dramatização do Cortejo dos Reis Magos.

Natural de Ventosa, mas a residir há vinte anos em Almeirim, Rita Figueiredo aplaude a iniciativa. “Vim ver familiares meus que estiveram atuar, muitos deles com experiência na recriação quando esta se realizou há cerca de uns cinco, seis anos”, disse, ao nosso jornal, a jovem, que enalteceu o evento. “Envolve as pessoas da terra e do concelho; encontram-se pessoas que não vemos há muitos anos; e junta várias coletividades num só espaço”, referiu.

Por outro lado, Rita Figueiredo elogia o significado que a dramatização tem nos mais jovens. “Dá-lhes a explicação do Dia dos Reis e de toda a envolvência da história do menino Jesus”, acrescentou.

Moradores na localidade encontrámos José Batista e Joaquim Gomes que, ao «Bairrada Informação», descreveram como era a iniciativa de “antigamente” e de como, mesmo em menor escala, gostaram de ver o Largo do Areal repleto de pessoas, na tarde de ontem. “Normalmente, isto aqui é um deserto. Hoje não, está cheio de pessoas”, disse Joaquim Gomes, apelando para que “a tradição não se volte a perder”.

E o “espetáculo”, que regressou após muitos anos sem se realizar, poderá ter vindo mesmo para ficar. “A realização do cortejo sempre partiu da nossa Paróquia e é nosso objetivo continuar, podendo alternar a sua localização todos os anos. Estamos a pensar nisso…”, concluiu Arménio Batista.

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

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