A banda “Harpia” foi a vencedora da primeira edição do “Concurso de Bandas da FESTAME (Feira do Município da Mealhada)”, que se realizou na noite da passada segunda-feira. O grupo arrecadou os votos positivos de todos os elementos do júri e foi o segundo mais votado pelo público na página do Facebook da “Festame”, votação que ocorreu logo após as bandas terem atuado.

“Secret Chord”, “A puppet show named Julio”, “Soulfreedom”, “Harpia” e “Dal’Mata” foram as bandas concorrentes, tendo a vencedora ganho a gravação de um disco, uma pós-graduação em Gestão nas Indústrias da Música e uma quantia monetária de quinhentos euros.

O prémio, que contou com o apoio da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Bairrada e Aguieira, vai ser entregue no sábado, 16 de Junho, no certame da Feira, mas ainda sem hora agendada.

O concurso foi alvo de alguma insatisfação nas redes sociais por ter começado por ser aberto apenas a bandas que nunca tivessem gravado nenhum disco, uma premissa que acabou por ser alterada dias antes do evento se realizar, dado “o escasso número de inscrições”, bem como “a qualidade de músicas apresentadas”.

Desta forma, decidiu o júri – composto por representantes da promotora cultural Covil, do blogue “A Certeza da Música”, editora discográfica “Pássaro Vago” e revista de divulgação cultural Txi – permitir também “a participação de grupos com músicas que, apesar de originais, já tenham sido gravadas / editadas”.

“Muitas delas apenas gravaram uma ou duas músicas para apresentarem aos seus possíveis clientes de bares, discotecas, etc.”, disse, ao «Bairrada Informação», fonte da organização.

A prerrogativa de alteração do regulamento estava prevista no documento, onde nas “Disposições Gerais” se pode ler que “a organização do concurso se reserva ao direito de o alterar, sem aviso prévio, mediante divulgação pública”, o que aconteceu horas antes.

Já na cláusula da “Seleção de Finalistas”, está explícito que “as decisões do júri não são passíveis de recurso”.

Motivos que levam agora a organização do concurso a garantir que tudo foi feito recorrendos aos “trâmites normais” do regulamento.

 

Mónica Sofia Lopes