Técnicos e engenheiros das Infraestruturas de Portugal estiveram na Pampilhosa, na passada quinta-feira, dia 27 de julho, reunidos com o executivo camarário da Mealhada (promotor da iniciativa), os presidentes das Juntas da Vacariça e da Pampilhosa, mas também receberam e “ouviram” as preocupações da população referentes à “urgência” das obras de requalificação da Estação da Pampilhosa e também da intervenção da “concordância da Linha do Norte com a da Beira Alta”.

A atual passagem pedonal, realizada por uma ponte, bem como a distância entre o passeio e o comboio, para quem quer entrar nele, foram as maiores preocupações manifestadas acerca da Estação da Pampilhosa. “A passagem superior não lembra a ninguém e na inferior temos um passeio que acaba a meio”, começou por dizer o pampilhosense Mário Rui, referindo que “a utilização da Estação é diária” e que, por isso, “as pessoas que a utilizam não merecem isto!”. O munícipe enalteceu, contudo, a sessão: “Ouvir as pessoas é um bom princípio!”.

Segundo os representantes da I.P., “a Estação da Pampilhosa vai ter um novo conjunto de linhas diferentes com materiais em betão; vai ter também novas medidas entre os carris e o passeio; e ainda vai ser construída uma nova passagem superior, que vai assegurar o acesso a todos os cais e ao outro lado, dos terrenos das Fábricas das Devesas, onde existe um projeto da Câmara para estacionamento”.20369887_10208535140799403_6588191526692978976_o

“Queremos melhorar as acessibilidades e, por isso, os elevadores que vão ficar junto à Passagem Superior estarão preparados para uma maca. Estamos preocupados com todos os pontos e a estudar soluções para uma passagem que não serve mais a população mais idosa. Para além disso, todos os acessos ao cais terão elevadores de grandes dimensões”, enfatizaram ainda os técnicos da IP.

Por outro lado, acrescentam os mesmos colaboradores da empresa, “no estudo, está a ser idealizada uma plataforma central para criação de uma zona de serviço na Estação”. Já sobre prazos de obra, garantem que “o Quadro Comunitário obriga a ter as obras prontas até 2021”. “Estamos com o início de estudo há dois meses, segue-se o estudo prévio e só depois o projeto de execução”, referiram.

Presente na sessão esteve Carlos Cabral, natural da Pampilhosa e antigo presidente da Câmara da Mealhada, que recordou que esta preocupação tem mais de uma década: “Ando a ouvir há doze anos que as obras serão para realizar, por isso, julgo que a Estação da Pampilhosa merecia uma solução provisória como, por exemplo, tem a da Linha de Cascais, com estruturas amovíveis para acesso ao comboio. O que acontece aqui, era impossível acontecer em Lisboa”.

“Conheço o que está a dizer, compreendo e não estou a prometer, mas dentro da responsabilidade que me foi concebida vamos encontrar a melhor solução e transmitir estas preocupações”, referiu um dos técnicos da I.P..

Arminda Martins, vereadora na Câmara da Mealhada, explicou que “ainda em meados de 2014 e antes da fusão da  REFER – Rede Ferroviária Nacional, E.P.E. e da E.P. – Estradas de Portugal, S.A, que originou a I.P., o Município pressionou e estiveram cá os técnicos para averiguar estas situações”. “Foi a partir desse dia, e dos referidos colaboradores ‘apanharem’ aqui o comboio, que começaram a surgir estas reuniões”, disse.

Outro dos assuntos foi manifestado por alguns proprietários de habitações onde a Linha do Norte com a da Beira Alta vai ser intervencionada. Técnicos da I.P. garantiram que a população vai poder participar na consulta pública e que “estas infraestruturas têm impactos, mas cabe à I.P. minimizá-los”.

 

Fotografias de José Moura