A situação financeira da Escola Profissional Vasconcellos Lebre (EPVL), apesar de uma “dívida” que o POCH (Programa Operacional Capital Humano) ainda tem por liquidar referente ao ano letivo transato, está, neste momento, “estável”.

Em novembro passado, a EPVL não recebia nada do POCH, entidade financiadora da escola, desde abril. Uma situação à qual Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, se mostrou, na altura, “preocupado” e que acabou por ter que “ajudar”. “Estávamos numa situação difícil e a Câmara deu-nos uma ajuda, nomeadamente, pagando, quase no imediato, serviços prestados pela escola”, explicou Nuno Canilho, diretor geral da referida instituição de ensino.

Nessa altura a escola tinha a receber oitocentos mil euros, onde se incluía, para além de um valor do ano transato, a verba referente ao início do ano lectivo de 2016 – 2017, que  costuma ser alvo de um “adiantamento” em setembro, em quinze por cento do valor da comparticipação anual.

“Esse ‘adiantamento’ só chegou em dezembro, mas veio a triplicar. Foram 600 mil euros referentes a quarenta e cinco por cento do valor total do ano. Com essa ‘injeção’ passámos a respirar…”, disse Nuno Canilho.

Mesmo assim, o POCH está em falta com a escola em quinhentos mil euros relativamente a turmas do ano letivo 2015 – 2016. “Cento e cinquenta mil euros referentes aos cursos vocacionados do nono ano e trezentos e cinquenta mil euros dos restantes cursos. Ao início a plataforma não estava disponível, agora faltam sempre documentos”, garantiu Nuno Canilho, que lamenta: “pedem-nos documentos comprovativos das despesas, nós enviamos e eles voltam a pedir mais alguma coisa. E andamos nisto há meses…”.

Recordamos os nossos leitores que a situação da escola, assim como de muitas outras financiadas pelo referido Programa de fundos comunitários, tem sofrido atrasos nos pagamentos desde há três anos para cá.

Em novembro passado, aquando de um dos “picos” do problema e em reunião de Câmara, entidade sócia maioritária da EPVL, Rui Marqueiro garantiu que faria tudo o que fosse “possível e legal para ajudar a escola”.

No ano letivo de 2016 -2017 a Profissional da Mealhada tem a decorrer nove cursos de acesso ao décimo segundo ano, com catorze turmas, o que totaliza um universo de duzentos e oitenta e três alunos.