O ministro das Infraestrutura assegurou, no passado dia 31 de março, que a obra de construção civil da Linha da Beira Alta está concluída, mas lembrou que o período de certificação deverá demorar “alguns meses” e condicionar a sua reabertura. “Ficou claro que no primeiro trimestre de 2025 ficou concluída a obra de construção civil e agora vamos iniciar os passos para a certificação para a abertura comercial”, informou Miguel Pinto Luz, numa notícia da agência Lusa

O ministro das Infraestruturas e Habitação realizou, durante a manhã de 31 de março, uma visita técnica à linha ferroviária da Beira Alta, entre as estações ferroviárias de Mortágua e de Pampilhosa.

No final do percurso, na estação de Pampilhosa, Pinto Luz disse aos jornalistas que o processo de certificação é longo e “vai demorar seguramente alguns meses”. Por isso, não avançou qualquer data para a sua reabertura.

«A Linha da Beira Alta encerrou em abril de 2022 para ser alvo de obras de modernização, por um período previsto de nove meses. Em novembro de 2024 reabriu o troço entre a Guarda e Celorico da Beira, enquanto o troço entre Celorico da Beira e Mangualde “será aberto nas próximas semanas”», continua a mesma notícia da Lusa, onde se lê que «de acordo com Pinto Luz, a estratégia que o Governo delineou no ano passado com a Infraestruturas de Portugal (IP), de abertura parcial de cada um dos troços, “é uma estratégia vencedora”, porque foi “permitindo aos concidadãos a utilização desta linha”».

Aos jornalistas realçou que o investimento numa obra “desta magnitude e complexidade” ficou abaixo dos 675 milhões de euros, financiada a quase 50% com fundos comunitários.

“Esta obra é de relevantíssima importância, nomeadamente a Concordância da Mealhada. Nós não podemos trabalhar rodovia, ferrovia, separado daquilo que é a política dos portos nacionais, aquilo que é a política de logística”, afirmou.

Para o ministro, o investimento em ferrovia deve ser uma prioridade, uma vez que “Portugal está muito à frente da média europeia em termos de rodovia, mas está muito atrás da média europeia em termos de ferrovia”.

“A aposta do anterior governo foi a certa, o atual governo acelerou, manteve essa aposta e isto tem que ultrapassar divergências partidárias, divergências ideológicas, porque nós estamos a falar do futuro coletivo do país”, concluiu.

 

Texto da Agência Lusa

Fotografia de José Moura