O executivo camarário da Mealhada aprovou o Plano Municipal de Ação Climática. Do Partido Socialista, José Calhoa lamentou o facto de o documento não fazer qualquer referência à «Alameda da Cidade», que designa como a zona «mais poluente» da cidade.
«Este é um plano desenvolvido por uma entidade externa, onde estão alguns dados interessantes. Algumas das propostas já estão a ser levadas a cabo pela Câmara Municipal, mas outras têm que ser adaptadas. Ainda temos muito a fazer para garantirmos o equilíbrio do planeta», disse António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada.
José Calhoa lamentou não existir «nenhuma referência à nossa Alameda da Cidade, no IC2, o nosso maior poluente». «O trânsito pesado cada vez que reduz a velocidade, polui mais e, por isso, no coração da cidade, temos um índice de poluição bastante grave», afirmou o vereador da oposição, afirmando, contudo, que «é melhor ter um plano do que não ter nenhum».
Hugo Silva, vereador na Autarquia da Mealhada, referiu que o documento se trata «de um conjunto de medidas concretas», mas que o Município «tem trabalhado no sentido de diminuir a pegada carbónica», exemplificando com «a Plataforma Logística da Pampilhosa, que já tem também associado o Município de Coimbra. Trabalhar a ferrovia é trabalhar o plano de ação climática». «O plano é importante em muitas dimensões, mas nós trabalhamos para além dele», enfatizou.
O documento foi aprovado por maioria com a abstenção de Sónia Leite, vereadora eleita pelo PS, que justificou que «nestes projetos, que são para 20, 30 anos, o tempo de análise deveria ser maior. O plano é de extrema importância e o tempo disponível para os vereadores, que não estão a tempo inteiro, é curto». Declaração que levou António Jorge Franco a afirmar que «foram enviados dentro dos prazos legais».
O Plano Municipal de Ação Climática será agora remetido para votação em assembleia municipal.
Na mesma reunião, foi atribuída uma Bolsa de Estudo de Ensino Superior, no valor de 697 euros. Sónia Leite também lamentou que «de nove candidatos, só um tenha tido direito». «Julgo que o regulamento tem que ser revisto, porque não será normal que oito não se enquadrem no mesmo», enfatizou.
Palavras corroboradas pelo presidente da Autarquia que explicou que «aos poucos, temos vindo a fazer correções nos regulamentos. Este, das Bolsas, e o da Natalidade são exemplos de necessidade de alteração».
Mónica Sofia Lopes