“O Tribunal de Coimbra começa a julgar na segunda-feira um jovem de 32 anos, da Mealhada, acusado de violar duas mulheres e tentar violar outra, assim como pelo crime de gravações e fotografias ilícitas, depois de as ter contactado através do Instagram e da aplicação de encontros Tinder”, avança a agência Lusa, que acrescenta que “o arguido, que está preso preventivamente”,  usava as redes já mencionadas “para contactar com potenciais vítimas”.

Os casos terão acontecido entre final de 2023 e início o de 2024, afirmou a acusação, num despacho a que a agência Lusa teve acesso. “No primeiro caso, o arguido terá alegado ser fotógrafo, tendo proposto à vítima tirar fotografias em lingerie para uma marca, a troco de 50 a 200 euros por sessão, ao que a mulher terá aceitado. No entanto, quando se encontraram, o jovem terá levado a vítima até um motel próximo de Coimbra, onde terá oferecido mil euros para ter sexo com mulher, que recusou, afirmou o Ministério Público”, continua a notícia da Lusa, datada de 20 de fevereiro, que avança que “após a recusa”, o arguido alegadamente a terá violado “deixando-a depois em casa e bloqueando de seguida o contacto com a vítima”, segundo o MP.

“De acordo com a acusação, foi também através dessa rede social que o arguido começou a conversar com uma segunda vítima, também de Coimbra, com quem chegou a ter relações sexuais consentidas, mas, num segundo encontro, depois de levar a mulher para o mesmo motel, a vítima pediu para ir embora e disse que não queria ter sexo. A vítima ainda terá enviado mensagens a uma amiga para pedir ajuda, mas o arguido apercebeu-se da situação e retirou-lhe o telemóvel, depois de este tocar várias vezes. Posteriormente, violou a mulher e gravou as relações sexuais, alegou o MP”, lê-se na mesma notícia.

O último caso aconteceu em Águeda, depois de conhecer uma mulher no Tinder e marcar um encontro. “A vítima, para se sentir mais segura, partilhou a matrícula e características do carro com uma amiga antes de ir ter com o arguido. Apesar de o encontro ter sido marcado para um café, o arguido sugeriu irem para um parque e, de seguida, desviou-se do trajeto para uma rua mais escura e deserta, onde parou o carro. Segundo o Ministério Público, nesse local escondido, tentou violar a vítima, que ofereceu resistência e conseguiu fugir”, lê-se na notícia na agência da Lusa, que acrescenta que depois de fugir e telefonar à amiga, “apresentou queixa na GNR de Águeda”.