Uma colisão no cruzamento da Pedrulha, freguesia de Casal Comba, no concelho da Mealhada, na noite da passada terça-feira, 11 de fevereiro, voltou a soar os alarmes dos moradores que vivem nas imediações que por ali passam diariamente. Para aquele local, recorde-se, está prevista uma rotunda, desde maio passado, num acordo tripartido entre a Câmara da Mealhada, o promotor Burguezia dos Leitões (instalado ali perto) e a Infraestruturas de Portugal. O projeto, segundo a Autarquia da Mealhada, está, neste momento, «a ser executado».
A última colisão rodoviária, neste cruzamento «negro» da Estrada Nacional 234, ocorreu entre um veículo ligeiro de passageiros e um veículo ligeiro de mercadorias, pelas 19h55 da última terça-feira. Do sinistro resultaram dois feridos ligeiros, que foram transportados para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. No local estiveram os Bombeiros Voluntários da Pampilhosa, com dez operacionais e quatro veículos, e também uma patrulha da GNR.
«Aquele cruzamento é um “ponto negro”, onde recorrentemente acontecem acidentes, e tem de ser intervencionado com urgência. Há muito que se reconhece a necessidade, mas o que é certo é que continua tudo igual», referiu, ao nosso jornal, João Pedro Marques, comandante dos Bombeiros da Pampilhosa.
Recordamos que, em maio de 2024, o executivo municipal da Mealhada aprovou o acordo tripartido que possibilitará a construção a Rotunda da Pedrulha – entre o km 26,356 e o km 27,110 -, que dá acesso à localidade, em substituição do atual cruzamento, na via de ligação à Autoestrada 1, depois de em dezembro de 2023, a Assembleia Municipal da Mealhada ter remetido à IP um abaixo assinado da população para que esta obra fosse avante.
O acordo preconiza a criação da rotunda, mas também de um separador central e de um caminho paralelo na EN234. «A proposta de acordo resulta de vários contactos estabelecidos com a IP, ao longo do último ano, na sequência dos quais o Município de Mealhada mostrou total disponibilidade para assumir a obra, competindo-lhe o lançamento do concurso da empreitada e a sua gestão, execução e fiscalização da obra», lê-se num comunicado municipal, da altura, que acrescenta que «a obra será comparticipada pela Infraestruturas de Portugal até ao montante máximo de trezentos mil euros. Ao privado compete a execução do projeto e estudo de segurança».
No mesmo dia desta colisão, António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, referiu, na assembleia municipal, que ocorreu nessa noite, que «esta rotunda tem de ser feita com a maior urgência» e que «os protocolos estão todos definidos». «Só espero que não coloquem a rotunda como um assunto político, porque todos a queremos», afirmou.
Precisamente um mês antes desta colisão de 11 de fevereiro, o nosso jornal tinha também sido alertado para acidente semelhante na mesma via, mas no cruzamento mais próximo da entrada na A1, que se encontra em território do Município de Cantanhede, para onde está prevista, segundo uma nota de imprensa da Autarquia da Mealhada, em dezembro de 2023, «a sua substituição por uma rotunda no âmbito da empreitada de construção de uma adega privada nas imediações».
Texto de Mónica Sofia Lopes
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