O executivo municipal da Mealhada aprovou, por unanimidade, atribuir o nome de José Lopes dos Reis de Melo ao auditório da Biblioteca Municipal da Mealhada. O ato está previsto para o próximo mês de novembro, aquando do vigésimo aniversário do espaço. «José Reis de Melo foi um grande impulsionador das Bibliotecas no concelho da Mealhada», referiu António Jorge Franco, presidente da Autarquia da Mealhada.

José Lopes dos Reis de Melo, falecido em 2020, começou o seu papel dedicado à cultura e à educação na Biblioteca Itinerante n.º 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, seguindo-se a responsabilidade de um espaço temporário quando a referiu Fundação entregou o espólio bibliotecário ao Município da Mealhada, onde José Melo esteve até à construção da Biblioteca Municipal, no centro da cidade.

«Deixou em muitas gerações uma marca importante de incutir nos mais jovens a vontade da leitura. Lembro-me de querer “discutir” comigo o conteúdo dos livros sempre com uma simplicidade incrível», declarou Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara da Mealhada, recordando ter sido «um grande apoiante e guia quando abrimos a nossa Biblioteca». «Incutiu sempre o espírito para que a Biblioteca fosse um local, mais de um depósito de livros, mas onde as pessoas vão e conversam, um espaço humano e de vida. Devemos muito aos ensinamentos do senhor José Melo e estamos a homenagear uma boa pessoa».

A autarca manifestou ainda que esta homenagem vem no sentido «de reconhecer e valorizar as pessoas que fazem muito pelo nosso concelho».

Palavras corroboradas por António Jorge Franco que recordou tê-lo conhecido «numa idade já avançada, mas era sempre muito querido e um grande ser humano». «Lá em casa falava-se muito nele», recordou.

José Calhoa, vereador eleito pelo Partido Socialista, referiu que a par de José Melo estava também Armindo Pega, a quem foi atribuído o nome de uma rua. «Das últimas vezes que falei com José Melo, na biblioteca provisória, transmitiu-me a vontade de querer ver uma biblioteca, na Mealhada, construída de raiz», rematou.

Recordamos que a Biblioteca Municipal da Mealhada abriu portas em novembro de 2004, tornando-se “na casa de cultura, de livros e de estudo para a população do Município. Mais do que o local de recolha de publicações, a Biblioteca rege-se por uma estratégia de proximidade para com a comunidade, dinamizando iniciativas diversificadas como encontros com escritores, ateliês, feira do livro, o clube de leitura ou rubricas como os serões de contos”, lê-se num comunicado municipal.

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

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