Um munícipe, que construiu casa na Rua Caminho da Igreja, no concelho de Anadia, queixou-se, na manhã de ontem, ao executivo municipal, do orçamento que tem por parte da empresa de eletricidade, para uma puxada de luz de 500 metros, no valor de cerca de cinco mil euros. «Aquela rua não tem luz pública e os postes existentes estão há anos a cair», lamentou. A presidente da Autarquia explicou que «o problema não depende da Câmara», mostrando-se, contudo, disponível para junto da empresa «tentar procurar a melhor solução, numa tentativa de ajudar, porque mais que isso ultrapassa a nossa competência».

«Fiz um pedido de licença ao Município, paguei todas as taxas para construção da casa e quando cheguei ao pedido da luz, tenho um orçamento de cerca de cinco mil euros para uma puxada de luz de 500 metros», começou por dizer o munícipe, sublinhando que «a rua não tem luz pública e os postes estão há anos a cair». «Não sei de quem é a culpa, mas julgo que não tenho que pagar cinco mil euros pelo meu caso naquela rua e o vizinho, que mora em outra, por exemplo, só 600 euros», lamentou, referindo ainda que a Rua Caminho da Igreja «de um lado pertence à União de Freguesias de Arcos e Mogofores e do outro a São Lourenço do Bairro».

Maria Teresa Cardoso, presidente da Câmara de Anadia, referiu «entender a situação», contudo, explicou que «na parte de iluminação estamos sujeitos às regras e timings da empresa, que fazem as contas ao prolongamento da rede e depois ainda demoram na resolução dos problemas. Não temos essa responsabilidade, mas pedimos-lhe para ver a exposição que penso já ter feito, a fim de tentarmos ajudar».

O munícipe lamentou a situação, confessando «que se soubesse o que sei hoje, não tinha ali construído casa». «Ali não há águas pluviais, só saneamento, numa rua em que o meu avô há 14 anos cedeu terrenos para a melhorar», acrescentou.

A autarca voltou a retorquir que «o assunto não depende do Município», a quem não cabe resolver este tipo de problemas, nem de iluminação e nem do gás. «A única coisa que posso dizer, neste momento, é a de tentar junto da empresa de energia ver qual a melhor solução ou até um acordo. Sobre o tempo que demora e se efetivamente o conseguimos, não sei, porque não depende da Câmara Municipal», sublinhou.

Outro dos assuntos focados na sessão por André Henriques, vereador da oposição eleito pelo Partido Socialista, prendeu-se «com o abastecimento de água na zona de Monte Crasto, que teve falhas na última semana». A presidente da Autarquia de Anadia explicou que «houve um problema no reservatório que alimenta o Hospital e algumas casas mais no alto, devido à descida do nível dentro do reservatório». «Na terça-feira, a bomba foi substituída e ontem ainda estava com decréscimo, levando-nos a aumentar a rotação do caudal do reservatório», continuou a edil, acrescentando que, neste momento, «achamos que a situação está equilibrada e normalizada».

 

Mónica Sofia Lopes