A Fundação Luso inaugurou a exposição «Luso no caminho da sustentabilidade», no Casino da vila de Luso, concelho da Mealhada, que estará patente até final de setembro, de terça-feira a domingo. Os donativos de entrada serão destinados à recuperação da arte sacra do Convento de Santa Cruz, concretamente a peça de São José e o quadro do mapa de Jerusalém, que já estão a ser recuperados.
Desde 2011 que o Casino recebe diversas exposições por altura nos meses de verão, entre as quais, «Luso: Água Puríssima de Charles Lepierre», «Termas de Portugal 2023», «Ecossistema Florestal da Serra do Bussaco e o Recurso Hídrico da Água Mineral Natural de Luso», «Comemorações dos 205 anos da Batalha do Bussaco, «A influência dos Carmelitas Descalços na Construção da Mata do Bussaco», «Bussaco nas 4 Estações do Ano», «Convento de Santa Cruz do Bussaco», «Cultura e Tradições do concelho da Mealhada», «A importância da água no chá», «A qualidade e a diversidade das águas minerais naturais e a sua relevância para a saúde», «Evolução das embalagens da água de Luso» e, em 2024, «Luso no caminho da sustentabilidade». As mostras anteriores tiveram diversos fins: uma percorreu as freguesias, outra esteve no Convento de Santa Cruz, Cineteatro Messias, Casino de Tróia e nas instalações da Água de Luso, sendo também alguns painéis reaproveitados.
«Como habitualmente será pedido um donativo de um euro, por cada entrada de adulto (que recebe em troca uma garrafa de água de Luso), que se destina essencialmente, para não dizer na totalidade, à recuperação de património no Bussaco. Já recuperamos cinco peças de arte-sacra e, este ano, já estão a ser recuperados a peça de São José e o célebre quadro de Jerusalém», destacou Nuno Pinto Magalhães, presidente da Fundação Luso, acrescentando que a média de visitantes das exposições «ronda os dez mil, mas já houve um ano em que ultrapassou os vinte mil».
Atitude que o presidente da Câmara da Mealhada, António Jorge Franco, congratula. «O donativo de um euro por visitante é um serviço que a Fundação está a prestar à comunidade, num património nacional e internacional. Valorizo e agradeço», referiu o autarca, sublinhando que «a Mata Nacional do Bussaco é uma riqueza enorme e muito mais o será para as Águas de Luso, um nome que sai para todo o mundo e que muito se deve à sua qualidade».
Nuno Pinto Magalhães enalteceu o facto de o termo «Luso» ser português e recordou que «o recurso aquífero natural da Água de Luso nasce no Bussaco, logo não é deslocalizado, faz parte deste território e a comunidade tem de o proteger».
Segundo um comunicado da Fundação Luso, esta entidade tem colaborado «ativamente com a Fundação Mata do Bussaco, apoiando diversas iniciativas, como plantações de árvores, recuperação de património natural e oferta de mobiliário de jardim feito a partir de materiais reciclados, contribuindo assim para a valorização e preservação do capital natural da região».
A mostra estará aberta ao público de terça a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, e aos sábados, domingos e feriados, das 15h00 às 19h00. «Este Casino nasceu há muitos anos, não para o jogo, mas para o entretenimento dos termalistas com diversas atividades culturais. Hoje é também uma casa acolhedora para recebermos os nossos parceiros», destacou ainda Nuno Pinto Magalhães.
Mónica Sofia Lopes