Foi no braço. No esquerdo. Tal como foi recomendado pelos cientistas de várias partes do mundo. Vi-me perante uma enfermeira, disposto a dar o braço por uma causa comum: a imunidade, que valerá a todos. Em poucos dias no novo trabalho, no Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, na Covilhã, como assistente operacional / auxiliar de saúde, fui logo convocado, pois a minha nova condição de trabalhador no hospital permitiu-me tomar a vacina como sendo parte dos grupos prioritários.

Estamos perante uma situação que deixa qualquer um de pé atrás. A pandemia de Covid-19 chegou sem avisar, da mesma forma que muitos outros vírus e outras doenças nos apoquentam sem dar sinal de aviso.

Dar o braço para receber a vacina do Covid, seja ela de Astrazenica, Pfizer ou outra qualquer, não se resume simplesmente ao ato de tomar a vacina em busca da imunidade de grupo ou na ajuda ativa no combate ao vírus que nos atormenta há quase um ano, mas também se deve à crença na ciência, na medicina e ainda no respeito pelos cientistas dos laboratórios, cientistas farmacêuticos, cientistas médicos, o corpo de enfermagem e todos os que, de uma ou de outra forma, contribuem ativamente para erradicar o vírus que nos impede de nos tocarmos, de nos beijarmos e limita-nos a partilha do calor humano através dos abraços.

Apesar de se reconhecer muitas falhas e desconfianças na forma como os políticos têm liderado o panorama pandémico em que estamos a viver, não devemos limitar o nosso pensamento, o nosso sentimento e a nossa forma de agir de forma a repudiar o que os cientistas, arduamente, procuram para nos libertar do sofrimento, independentemente da doença que nos venha afetar.

Liberta-te e colabora com a ciência, a ciência que procura imunizar a humanidade contra o vírus. Dá o teu braço, quando chegar a tua vez, seja para tomar a vacina ou outra situação que ajude a erradicar a desinformação e a maldade que existe entre nós, tanto através de doenças ou das deficiências que nós, seres humanos, produzimos uns contra os outros. Pois, essa atitude desafia o nosso espírito Altruísta.

 

 

Mamadu Alimo Djaló