A Casa do Povo da Freguesia da Vacariça quer levar a cabo obras de ampliação e requalificação no Pavilhão Gimnodesportivo com o objetivo de fazer crescer a modalidade do andebol, instalada há onze anos no concelho da Mealhada pelas mãos da referida instituição. Na segunda-feira, dia 4 de fevereiro, elementos diretivos deslocaram-se à reunião de Câmara da Mealhada com o intuito de sensibilizaram o executivo para esta empreitada.

“Temos um projeto aprovado para duas valências: um ginásio e uma churrasqueira e um bar, um género de mini-restaurante, no piso superior”, declarou Carlos Costa, tesoureiro da direção da Casa do Povo da Vacariça, explicando que a estratégia passa por promover “movimento”, gerando assim “uma fonte de receita” que depois “servirá de apoio ao desporto”.

A obra, que pode vir a custar setecentos e cinquenta mil euros (valor que inclui requalificação no campo), pretende que a modalidade de andebol, que atualmente conta com cinquenta e quatro atletas nos escalões de bambis aos juvenis, avance para juniores e seniores. “E para isso acontecer, temos que ter um ginásio, pois é essencial para uma equipa de seniores”, enfatizou Carlos Costa, garantindo que “a Casa do Povo já tem uma verba prevista para a obra”, mas que se “a Câmara não financiar o projeto, não avançará”.

Ao nosso jornal, o membro diretivo recordou as obras feitas no Pavilhão, que diz terem sido sempre realizadas “com muito esforço da instituição”. “Em 2002, sem apoio nenhum, colocámos tabelas e fizemos os muros de vedação. Em 2008, colocámos bancadas, uma obra de noventa e um mil euros, em que sessenta mil foram provenientes do PIDDAC, sete mil e quinhentos euros da Câmara e o restante pela Casa do Povo”, explicou, enfatizando “o facto de terem uma modalidade com meia centena de crianças provenientes de vários pontos do concelho da Mealhada”.

Na mesma reunião camarária, foi também aprovada uma verba, no valor de vinte mil euros, para arranjo exterior do edifício da Casa do Povo da Vacariça. “É um espaço de terra batida que, quando chove, é um problema para a circulação”, explicou-nos também Carlos Costa, acrescentando que “para além da colocação de calçada, será reorganizado o jardim, que sofreu uma destruição grande, com a passagem da tempestade Leslie”.

 

Vereadores da coligação votam contra ata de reunião camarária

A reunião camarária ficou ainda marcada pelos dois votos contra e uma abstenção dos vereadores da coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada” por causa da ata relativa à sessão de 7 de janeiro.

Para a oposição, “as declarações transcritas referentes ao vereador Nuno Canilho subvertem as acusações que fez aos vereadores da coligação e ao PSD da Mealhada”. “A posição gratuita, pública e completamente desfasada da realidade de que estamos ou estivemos sempre contra todos os assuntos relacionados com a EPVL (Escola Profissional Vasconcellos Lebre) colide com a dura verdade, que pode ser descrita em atas deste mandato, onde houve votações por unanimidade”, disse Hugo Silva, acrescentando que “agora, numa declaração posterior”, o vereador “recua e desmente”.

Em resposta, Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, declarou que “realmente,  no que é importante e decisivo (para a escola), os senhores votaram contra”, defendendo que “um subsídio pontual e uma participação nas Escolíadas é importante, mas não é decisivo!”. Hugo Silva respondeu: “A mim, não me arrastam para ilegalidades”.

Recordamos que na referida reunião, foi votada a ratificação que deu “luz verde” para que a Câmara da Mealhada adquira cem por cento da quota da Profissional da Mealhada, tendo os vereadores da oposição pedido “escusa” na votação.

 

Mónica Sofia Lopes