Os juízes da Celebração do Senhor – antigamente designada de Confraria, e a quem cabe a “responsabilidade da cruz”, como dizem os manuscritos, da Paróquia de Luso, realizaram o seu convívio anual recentemente.

Numa resenha histórica entregue aos participantes pode ler-se que “consta nos inventários da Fábrica da Igreja de Luso, datados de 1837, ‘Huma Cruz de Prata’, (…) a mais antiga referência à Cruz Processional que, atualmente, faz de algum modo, significar este movimento coletivo de confraternização dos juízes da Paróquia de Luso”.

No mesmo documento é feita alusão ao trabalho de pesquisa do padre José Oliveira Moço, que procedeu “à listagem, datada, dos vários juízes que iniciaram esta tradição”. “Embora seja provada a existência da Cruz em 1837, o nome do primeiro juiz – Abel Duarte da Cruz – encontra-se apenas nos registos de 1897”, lê-se também.

O encontro, que se realizou no passado mês de setembro, contou com uma missa festiva, seguida de um almoço-convívio onde estiveram cerca de sete dezenas de pessoas, entre juízes, esposas e convidados. Salvador Pedro, atual “Bastonário” que é como dizer presidente deste Grupo Paroquial de Luso, começou por enaltecer a presença do Pároco da freguesia, Rodolfo Leite.

Os juízes falecidos foram recordados e foi prestada uma homenagem ao único, ainda vivo, que iniciou este convívio anual.

Procedeu-se ao corte do bolo comemorativo e foi inaugurado o livro de Atas que vigorará para futuro, tendo sido assinado pelo pároco Rodolfo Leite, Bastonário Salvador Pedro, secretário Mário Silva, e pelo Juiz Atual de 2024, Paulo Sousa.

Foi feita a eleição, como é habitual, do novo “Bastonário” tendo sido reconduzido ao cargo Salvador Pedro.

 

 

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