A versão – recebida em novembro de 2021 – do projeto de execução da requalificação da Passagem Superior Sul à Linha do Norte, na Pampilhosa, foi aprovada, por unanimidade, pelo executivo da Câmara da Mealhada, na reunião de 21 de fevereiro, seguindo para parecer da Infraestruturas de Portugal. Segundo António Jorge Franco, presidente da Autarquia, tratam-se «de obras de manutenção e restauro», sendo a estimativa do valor da intervenção de um milhão e cem mil euros (acrescido de IVA).
«Um processo já com alguns anos, cujo projeto vem do executivo anterior, mas foi alvo por parte do Gabinete de algumas correções», explicou o presidente da Autarquia da Mealhada, acrescentando que a estimativa da obra rondará o valor de um milhão e cem mil euros, acrescido de IVA. «O estudo prévio já teve parecer do IP. Agora falta o projeto de execução. Trata-se de uma obra de manutenção e de restauro necessária», disse ainda o autarca, explicando que a passagem superior não está, contudo, «em ruínas ou em perigo».
O tema levou a que Rui Marqueiro, vereador da oposição eleito pelo PS e anterior presidente da Autarquia, lamentasse ter sido «alvo de terrorismo político» nos últimos dois mandatos. «Durante oito anos foram ditas patetices em assembleias de freguesia que só serviram para alarmar a população, lançando o pânico e dizendo que aquilo estava em perigo», referiu.
Declaração que levou o vereador Gil Ferreira a afirmar que «quando as pessoas não têm informação, têm preocupações. É nossa missão dar essa informação às pessoas, transmitindo tranquilidade para a comunidade». «Estamos a falar da participação dos cidadãos e isso não são atos de terrorismo», enfatizou.
Palavras corroboradas por António Jorge Franco que acrescentou: «Não sei se houve mensagem clara, com dados, que tranquilizassem a população para o facto de o pontão estar seguro. O cidadão que não é desta área, vê ali algumas situações que podem assustar e levar ao receio de um eventual colapso da estrutura. Assusta-me falar-se em terrorismo e devemos evitar este tipo de discursos num estado democrático».
Mas Rui Marqueiro recordou ainda ter pedido «a intervenção do maior especialista do país em obras de arte rodoviárias. Foi tudo apresentado em reunião de Câmara e ainda pedi à presidente da Junta de Freguesia para transmitir essa informação em assembleia».
Texto de Mónica Sofia Lopes
Imagem de capa de Arquivo