A Junta de Freguesia de Barcouço formou executivo, quase quatro meses depois das Autárquicas, na noite da passada quarta-feira, onde foram eleitos os vogais Rosa Baptista, das listas do Partido Socialista, para tesoureira, e José Trancho, da coligação «Juntos pelo Concelho da Mealhada» (PSD, CDS-PP, IL, MPT e PPM), para secretário. Apesar de haver já um pré-acordo, desde há quinze dias, pelas listas representadas na Assembleia, nenhum dos nomes foi aprovado por unanimidade, tendo aliás a vogal socialista arrecadado um voto contra.

O socialista João Duarte foi eleito presidente da Junta de Barcouço, contando com 43,54 por cento dos votos, o que lhe permitiu assegurar um terceiro mandato. O Movimento Independente Mais e Melhor e a coligação «Juntos pelo Concelho da Mealhada» foram as restantes forças políticas que reuniram mais votos, com 27,68% e 19,90% respetivamente.

Para a formação do executivo, as duas forças representadas na Assembleia, para além do PS, queriam estar representadas, admitindo João Duarte abdicar somente de um vogal para outro «partido», gerando-se assim um impasse, reunião após reunião, só desbloqueado há poucos dias com um encontro promovido pelo «Mais e Melhor».

Na sessão de quarta-feira, Ângelo Cortesão, eleito pelo movimento independente, garantiu que a força que representa «abdicou da sua proposta inicial, agregadora e representativa do ato eleitoral», lamentando «a falta de espírito democrático» e o que considera ser «uma intransigência do candidato do PS, que conduziu à atual situação (agora ultrapassada)».

Declaração que João Duarte disse «não fazer sentido, depois de estabelecido um pré-acordo». «A intransigência surgiu da oposição, uma vez que logo na segunda reunião reconsiderei a partilha de um dos elementos para a Junta», refutou o autarca.

Na reunião foram também eleitos, por maioria, Ângelo Cortesão, Berta Couceiro e Natividade Lourenço como presidente, 1.ª e 2.ª secretárias, respetivamente, para a mesa da Assembleia. «Gostaria que o plano de atividades pudesse ter os contributos de todos, inclusive do candidato da CDU que não está representado na Assembleia. A parte política está concluída e penso que a partir de agora estão criadas as estruturas para se traçar um rumo para a freguesia», referiu Ângelo Cortesão, adiantando que procurará que haja «uma alteração ao regimento; que a atividade da Junta possa estar toda publicada; e as reuniões de assembleia sejam gravadas no futuro».

 

Mónica Sofia Lopes