Os eleitos pelo PCP na Mealhada – António Neves e Cati Silva – estiveram, na manhã do passado dia 5 de março, na Feira de Santa Luzia numa ação de contacto com produtores, feirantes e utentes, em prol de melhores condições do espaço, que se situa junta ao Itinerário Complementar 2. O assunto já tinha também sido abordado na última Assembleia Municipal da Mealhada.

«A Feira faz parte do património histórico e cultural do concelho e comemora, em fevereiro de 2021, um século de existência», lê-se num comunicado remetido pelo partido aos órgãos de comunicação social, onde afirmam que «a autarquia não tem sido capaz de chegar uma solução que garanta condições de funcionamento que assegurem o futuro».

Um assunto que, aliás, já tinha sido abordado pelo PCP na última Assembleia Municipal da Mealhada, tendo Rui Marqueiro, presidente da autarquia, explicado que a Feira de Santa Luzia só terá possibilidade de sair da estrada «quando se conseguir um acordo com a Câmara de Coimbra».

O autarca recordou que «a Feira foi deslocalizada da estrada principal para uma estrada interior de Barcouço, com as condições que tinha anteriormente, mas menos perigosas».

«O problema desta feira serão os preços que os proprietários pedirão pelos terrenos. Será bem mais caro isso do que a construção da própria feira, uma vez que os proprietários pensam que os terrenos são urbanos», lamentou ainda Rui Marqueiro, na última Assembleia Municipal.

Mas o PCP defende que «é preciso dignificar aquela que é uma das mais antigas feiras da região». «Pela parte dos produtores, vendedores e consumidores que recorrem à Feira, existe uma grande expectativa para que seja encontrado um terreno contíguo ao local onde se realiza a feira e onde estejam reunidas as condições de segurança e de higiene que se impõem a realizações deste tipo”, conclui o mesmo documento.

A Feira de Santa Luzia realiza-se aos dias 5 e 19 de cada mês, tendo, na semana passada, a Câmara da Mealhada, face ao período crítico que se vive com o vírus COVID-19, proibido a sua realização «por tempo indeterminado». Pelo mesmo motivo – o de se evitar aglomerados de pessoas -, também o mercado da Pampilhosa e a feira semanal da Mealhada (esta última a cargo da Misericórdia) estão suspensos.

 

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

Fotografia de Arquivo