Na reunião pública da Câmara da Mealhada, que se realizou na manhã de ontem, um empresário lamentou que a autarquia exija três estacionamentos num prédio que pretende reabilitar, no centro da cidade, e que terá quatro habitações – dois T0 e dois T2 –, no primeiro e segundo andar, e ainda um estabelecimento comercial no rés-do-chão.

Arminda Martins, vereadora na Câmara da Mealhada com o pelouro das Obras, explicou que todos os fogos, sejam comércio, sejam habitacionais, têm que ter lugares de estacionamento privados e públicos. “Com a obra que ali pretende fazer teria que ter oito lugares, nós deliberamos dispensar cinco e exigimos que sejam feitos três”, referiu, acrescentando que “o executivo só isenta quando não há solução”. “Mas não é o caso porque podem ser criados estacionamentos no rés-do-chão”, disse.

Mas Luís Oliveira, proprietário do prédio, afirmou que em reuniões que teve com técnicos municipais se lhe tivessem alertado para os estacionamentos, “não tinha avançado, nem gasto dinheiro com este projeto”.

Declaração que levou a Chefe da Divisão de Gestão Urbanística a retorquir que “nas reuniões foram abordados temas muito mais gravosos, como o IFRRU (Investimento Financeiro de Reabilitação e Revitalização Urbanas) e PIRPEC (Programa de Incentivo à Recuperação do Património Edificado Concelhio)”. “Todos os técnicos (de gabinetes de arquitetura privados) com quem reunimos têm conhecimento do enquadramento do estacionamento, até porque andamos sempre alertar para isso. Isso é o ‘bê-á-bá’ do Plano Diretor Municipal”, rematou.

 

Mónica Sofia Lopes