A nova direção do Grémio de Instrução e Recreio “convidou” os sócios a uma visita ao Cineteatro da Pampilhosa, na tarde do dia 11 de março, após a realização da assembleia geral. A empreitada, que dura há anos, segundo o corpo diretivo, tem “erros” de projeto e de obra que, contudo, tem que ser levada até ao final para que não se perca o apoio estatal a que o GIR tem direito. “Depois teremos que reparar os erros”, disse, na assembleia geral, Ana Pires, presidente da direção.
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro já financiou a obra em trezentos e cinquenta e cinco mil euros e ainda tem por “liquidar” cerca de sessenta mil. A Câmara da Mealhada apoiou com quatrocentos e nove mil euros e, no final de 2016, assinou o contrato onde se compromete a dar mais cento e cinquenta mil euros para que a obra fique concluída.
O problema é que, mesmo a obra não estando terminada, há “erros” visíveis, mas que obrigam a que assim se mantenha para que o apoio do Estado que falta seja dado e não se tenha que devolver o que já foi investido – mais de trezentos e cinquenta mil euros.
“Vamos concluir a obra sabendo que algumas situações estão erradas, mas não podemos perder a ‘negociação’ que temos com o Estado”, declarou Ana Pires, enumerando ainda que à parte disso, ficam a faltar “luzes, som, mobiliário, arranjo exterior e plano de segurança”. “Depois de tudo isto devemos e merecemos fazer uma festa”, enalteceu a dirigente que, contudo, alerta que o espaço “terá que ser ser fechado de seguida para correção dos erros”.
“Erros” que se prendem, por exemplo, com algumas zonas do Balcão “onde as pessoas de pé mal conseguem ver o palco” e a tinta branca do espaço, uma cor, que, segundo Ana Pires, “nunca é utilizada em espetáculos por causa do reflexo que faz”. Também o palco foi cortado e ficou mais baixo e inclinado e foram feitos uns espaços que retiraram três filas à zona da plateia. “A inclinação do palco compromete qualquer espetáculo de dança e música. Compromete aliás qualquer cenário normal onde esteja uma mesa e uma cadeira”, disse ainda, na assembleia geral, a presidente da direção do GIR.
Mas o grande impacto da obra, e segundo a dirigente, “é que na planta original tinha disponíveis seiscentos lugares, a meio da obra passou para trezentos e cinquenta e agora, quase no seu final, teremos uma plateia com cento e dezanove lugares”.
Mas Ana Pires diz não querer “dramatizar”. “Quero para aqui muito teatro, cinema e espetáculos”, concluiu a dirigente durante a assembleia geral, onde foi também apresentado o sítio na internet www.gir-pampilhosa.pt