O III Encontro Cantanhede – História, Arte e Património realizado em Cantanhede e Ançã reuniu especialistas, investigadores e entusiastas num debate enriquecedor sobre a herança cultural do concelho, tendo sido destacada a importância da preservação e valorização do património local. “Com uma forte adesão e intervenções de grande relevância, a iniciativa foi considerada um sucesso. A próxima sessão do III Encontro Cantanhede – História, Arte e Património está agendada para a próxima quarta-feira, dia 12 de março, em Lisboa”, lê-se num comunicado municipal.

“Este encontro assume um papel fundamental ao incentivar a investigação e a partilha de saberes, contribuindo para a preservação da memória coletiva e para a compreensão das dinâmicas históricas do concelho Cantanhede”, afirmou o vice-presidente do Município e responsável pelo pelouro da Cultura, Pedro Cardoso, na sessão de abertura, manifestando o desejo de que “estas jornadas nos inspirem a continuar a descobrir, valorizar e proteger o nosso património, garantindo que as gerações futuras conheçam e se orgulhem da nossa vasta riqueza cultural. É refletindo sobre o passado e como se projeta no presente que podemos transformar o futuro”.

Este ano a iniciativa, para além de um notável leque de palestrantes, contou com a presença D. Miguel Bernardo de Bragança, Duque de Lafões, D. Pedro de Mendonça, Duque de Loulé e D. Manuel de Bragança, tio do Duque de Lafões. As Casas de Lafões e de Loulé foram as herdeiras da casa dos Meneses de Cantanhede, Marqueses de Marialva, ficando o título associado à casa de Lafões.

Este terceiro encontro, à semelhança dos outros, tem como objetivo promover a reflexão em torno de elementos da identidade local e a sua projeção a nível regional, nacional e internacional, partindo de estudos de um conjunto de académicos e investigadores com obra reconhecida em áreas que de algum modo se relacionam com esse universo. “Esta edição destaca duas figuras históricas cujo legado, por si só, já justificaria um estudo aprofundado, tornando-se ainda mais relevante pelo seu forte vínculo à região. Jaime e Armando Cortesão, irmãos e figuras centrais deste encontro, foram homens de vanguarda no seu tempo, académicos, intelectuais, políticos, estadistas, militares, atletas e ainda homens das artes”, avança o comunicado, que acrescenta que “diante de personalidades tão multifacetadas, tornou-se inevitável aprofundar a sua trajetória e, com o devido rigor, analisar em detalhe a valiosa herança imaterial que nos legaram”.

Para além das palestras, foram também organizadas visitas a diversos locais de interesse cultural. No dia de sábado foi visitada a casa onde nasceu Jaime Cortesão, precedida de um circuito cultural pela vila histórica de Ançã, intitulado “Seguindo a Voz de Jaime Cortesão”, circuito que foi organizado com o apoio da Associação Patrimonium, da parte da tarde foi efetuada uma visita guiada ao Museu de Arte e do Colecionismo de Cantanhede. Na sexta feira, contando com a presença dos Duques de Lafões e de Loulé, os participantes tiveram oportunidade de visitar detalhadamente a Adega Cooperativa de Cantanhede, onde foram obsequiados com ofertas e uma prova de vinhos.

O programa deste terceiro encontro, encerrará no próximo dia 12 de março, com palestras e visitas de exposições na Sociedade de Geografia de Lisboa e no Museu de Marinha, em Lisboa.

A iniciativa é organizada pela Câmara Municipal de Cantanhede em parceria com a Universidade Aberta e o Círculo Português de Estudos Humanísticos, contando com o apoio do Centro de Formação da Associação de Escolas Beira Mar, do CHAM – Centro de Humanidades/ Universidade Nova de Lisboa, e da União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça e o empenho da Junta de Freguesia de Ançã.