O projeto CompostaMe, implementado há um ano no Município da Mealhada, já desviou de aterro sanitário cerca de 22 toneladas de resíduos, valorizando-os em processo de compostagem. A diminuição dos custos de tratamento, a produção de composto de qualidade e o fomento de práticas mais ecológicas são as grandes vantagens do projeto.
“O CompostaME retirou do aterro sanitário, no último ano, cerca de 22 toneladas de resíduos, que foram valorizados através do processo de compostagem. O programa, desenvolvido pela Câmara da Mealhada e com financiamento do Fundo Ambiental, representou um investimento aproximado de 67 mil euros, com a missão principal de reduzir o volume de resíduos enviados para aterro e fomentar a economia circular”, lê-se num comunicado da Autarquia da Mealhada, que acrescenta que o projeto “desenvolvido no âmbito do programa RecolhaBio – Apoio à Implementação de Projetos de Recolha Seletiva de Biorresíduos -, enfatiza a sensibilização da população sobre a separação correta dos biorresíduos, promovendo a simplicidade do processo e as suas vantagens. Entre os impactos positivos diretos e indiretos estão a redução da quantidade de resíduos enviados para aterro e a produção de composto de qualidade, que pode ser utilizado tanto em espaços públicos como privados”.
Iniciado em 2023, o projeto incluiu a distribuição de 200 compostores domésticos e de 1.000 baldes residenciais, além da instalação de 12 ilhas de compostagem comunitária. Paralelamente, foram realizadas ações de educação ambiental e monitorização, com destaque para a formação de quinze jovens “Embaixadores da Sustentabilidade”, que tiveram um papel ativo na promoção de práticas sustentáveis entre os moradores.
Além de reduzir o volume de resíduos urbanos enviados para aterro, o projeto contribuiu para a diminuição dos custos de tratamento desses resíduos, ajudando a equilibrar o orçamento municipal e para promover práticas mais ecológicas.
“Após um ano de implementação, o projeto demonstrou resultados significativos, com uma adesão expressiva da população, incluindo escolas e instituições locais, que já utilizam o composto gerado como fertilizante orgânico”, refere António Jorge Franco, presidente da Autarquia, apontando que “este é o caminho que privilegiamos e queremos reforçar”, na medida em que “adotamos melhores práticas ambientais, sensibilizando a população para a importância da compostagem, reduzindo o impacto financeiro do nosso orçamento e das nossas famílias nesta área”.
Ao longo do ano, foram retirados vários metros cúbicos de composto de alta qualidade nas ilhas de compostagem localizadas na Urbanização dos Moinhos (Luso), Urbanização da Quinta dos Coutos, Urbanização de São Romão e Quinta da Nora (Mealhada), assim como em Antes, Barcouço, Casal Comba e Ventosa do Bairro.
“Apesar das ações de sensibilização, os serviços municipais dão conta que algumas ilhas ainda estão aquém da adesão esperada, assim como há utilizadores que continuam a depositar contaminantes, como plásticos, beatas de cigarros e dejetos de animais, junto aos resíduos verdes, o que compromete a qualidade do composto”, alerta o Município da Mealhada, referindo, no entanto, que “dado o sucesso inicial, o projeto foi expandido com a aquisição de mais 150 compostores domésticos e a instalação de mais seis ilhas de compostagem comunitária em Várzeas, Vimieira, Cavaleiros, Ferraria, e nos Mercados Municipais da Pampilhosa e da Mealhada”.