No ano do concurso público internacional para o Palace Hotel do Bussaco, que trará benefícios para a Fundação, esta entidade espera que, dentro de pouco tempo, apareçam novidades relativamente à candidatura do Bussaco a património mundial da UNESCO. Enquanto isso não acontece muitos são os projetos levados a cabo pela entidade que gere esta mata nacional.
O concurso público internacional para a concessão da exploração do Palace Hotel do Buçaco, no âmbito do programa Revive, decorre até ao próximo dia 22 de outubro. «Temos sido procurados por vários investidores interessados no concurso e que têm visitado o imóvel», declarou, ao nosso jornal, Guilherme Duarte, presidente do conselho diretivo da Fundação, sublinhando que «o atual concessionário tem direito de preferência». «Para a Mata do Bussaco este concurso é de grande importância, uma vez que atualmente o valor da renda é calculado pelo volume de negócios. Depois da nova concessão vamos passar a ter um montante fixo bastante superior ao atual», continuou Guilherme Duarte, explicando também que este concurso incorpora «o tratamento dos jardins do Palace, que continuam abertos ao público, assim como a Casa da Forja e as Cavalariças».
A Mata do Bussaco continua na lista indicativa a Património Mundial da UNESCO. «Em 2023 reformulamos a candidatura, já entregue, um trabalho feito pela arquiteta paisagista Teresa Portela Marques, uma pessoa bastante experiente que nos fez um trabalho notável e exaustivo. Tudo isto só possível com o empenho da Câmara que assumiu a responsabilidade financeira de todo este projeto», explicou Guilherme Duarte, acrescentando que espera que «dentro de pouco tempo comecem a aparecer resultados».
Em fase de conclusão está também o projeto da Floresta Terapêutica, que só espera a notificação do certificado para começar a ser implementado. «Fizemos uma candidatura para aquisição de equipamentos que serão instalados na Mata e diversos protocolos com instituições ligadas à área mental e de saúde, já tendo um conjunto de entidades parceiras», afiança Guilherme Duarte, que reforça ainda «a recuperação de sete Ermidas, que se juntando a outras que já foram intervencionadas, farão parte de uma Rota, única e diferenciadora, com a componente religiosa muito vincada. Um projeto avaliado em um milhão de euros, financiado a 85% por fundos comunitários, cuja componente nacional terá a colaboração do Município».
No programa Life, na linha sucessora do Bright, a Fundação candidatou-se a um programa que começará em setembro de 2025 e estender-se-á até 2030. «Um projeto muito interessante de combate a plantas invasoras, para proteção da Mata, com recurso a Morcegos-arborícola-gigantes, uma vez que existe uma comunidade da espécie instalada na Mata», explica o presidente do conselho direto da Fundação, avançando que o projeto conta com 15 parceiros, entre Portugal e Espanha, e que será financiado em 75%.
Mónica Sofia Lopes