No passado mês de julho, na Pocariça, concelho de Cantanhede, decorreu um concerto de homenagem a Fernando Vidal, trompetista – nascido e residente na Pocariça –, falecido, em 2022, vítima de doença.

“Fernando Vidal terminou a carreira no posto máximo de Sargento-mor, como maestro da Orquestra Ligeira do Exército. Durante a sua carreira, tocou na extinta Banda Militar de Coimbra, Bandas sinfónica do Exército em Queluz e na Orquestra Ligeira do exército, mas também como civil, nas famosas: orquestra da Broadway, Orquestra do Casino da Figueira da foz, Orquestra Santos Rosa e muitas mais formações de prestígio”, descreve, em comunicado o trompetista mealhadense Luis Martelo, com carreira internacional, que destaca ainda que Fernando Vidal “preparou centenas de músicos pelas bandas onde passou, para que estivessem aptos a entrar nas filarmónicas, conservatórios e até na Banda do Exército”.

Luís Martelo, nascido em Barcouço, no concelho da Mealhada, começou a sua carreira sob a batuta de Fernando Vidal que era então o maestro da Filarmónica Lyra Barcouncese. E, por isso, não seja de estranhar que tenha sido este jovem músico que, acompanhado pela Sociedade Boa União Alhadense (Alhadas – Figueira da foz), tenha proporcionado “o concerto de homenagem ao seu mentor e pai na música”.

Vestido a rigor, com a própria farda da Orquestra da Broadway que pertenceu a Fernando Vidal, num concerto com arranjos de António Firme, maestro da SBU Alhadense, quase todos inspirados no estilo de Vidal ou das orquestras por onde passou, Luís Martelo deliciou uma plateia de mais de duas centenas de pessoas, alguns antigos colegas militares e músicos das orquestras, que se juntaram nesta homenagem, que decorreu no Parque Verde da Pocariça, num palco com vista para a campa onde está sepultado o seu herói.

“Um concerto com toda a família Vidal presente na primeira fila, cheio de emoções, muitas lágrimas, mas também muitas gargalhadas, e um sentimento de alívio por conseguir concretizar-se esta homenagem a quem tanto fez por merecer o carinho de todos os que com ele se cruzaram”, confessa, ao nosso jornal, Luís Martelo, que conclui ainda que “Fernando Vidal, para além de um trompetista excecional, foi sem dúvida um ser humano ímpar, amigo de todos, carinhoso com todos, e amado por quem provou com ele”.

 

 

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