Os eleitos pelo Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Junta da União de Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes apresentaram, no passado dia 9 de novembro, um pedido para realização de uma sessão extraordinária «com o objetivo de avançar definitivamente com o processo de desagregação das freguesias da Antes, de Ventosa do Bairro e da Mealhada». O presidente da referida Autarquia garante ter remetido no imediato o pedido ao presidente da Assembleia de Freguesia, mas recorda que o processo está entregue a uma empresa externa de advogados, depois de se ter realizado uma sessão, no verão passado, em que todas as bancadas se manifestaram favoráveis à dita desagregação.
Aquando da entrega do pedido para uma assembleia extraordinária na sede da Junta da União das Freguesias – a única no concelho da Mealhada -, decorria uma reunião do executivo camarário, tendo Rui Marqueiro, vereador eleito pelo PS, avançado com essa informação. «Espero que as forças políticas – Movimento Independente, coligação de partidos e PS – sejamos unânimes na vontade da desanexação das freguesias», referiu, garantindo ter «estudado a lei» e se apercebido «de um processo especial, no artigo 25, mais expedito e rápido». «Agora é andar com isto para a frente, uma vez que todos sabemos que a administração central tem má vontade com a administração local», afirmou.
Também José Calhoa, eleito pela mesma bancada, relembrou que, à data da reunião do executivo, 9 de novembro, «temos um prazo de 40 dias». «Tendo em conta que o processo terá que ir à Assembleia de Freguesia e à Assembleia Municipal, esperamos que este espaço seja aproveitado», disse.
Em resposta, António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, afiançou que «a Junta da União de Freguesias contratou uma empresa para esse processo».
Informação confirmada, mais tarde e ao nosso jornal, por Abílio Semedo, presidente da Junta da União de Freguesias, que recordou que, em junho passado, o tema foi abordado, em assembleia ordinária, «e todos os eleitos estava de acordo com a desagregação das três freguesias». «Posteriormente a isso, e numa tentativa de a Junta facilitar o processo e o trabalho, contratamos uma empresa externa de advogados, para nos socorrermos de um profissional com experiência nestas situações», explicou o autarca, acrescentando que «o processo nunca esteve parado» e que o Gabinete de Advogados «tem vindo a solicitar diversos elementos, que resultarão num documento que terá que ser assinado por todos os membros da Assembleia».
O que é certo é que o PS, no passado dia 9 de novembro, fez um pedido para a realização de uma assembleia extraordinária, tendo também entregue, e segundo informação do partido, uma «proposta completa com a documentação que a lei estabelece para a desagregação das freguesias».
Abílio Semedo declarou, ao «Bairrada Informação», «não entender bem a atitude do PS, uma vez que todos os eleitos da assembleia estavam de acordo, assim como o executivo», contudo, garante que «o requerimento que foi entregue na Junta, passado uma hora já estava nas mãos do presidente da Assembleia, que tem 15 dias para se pronunciar».
Mónica Sofia Lopes