A instalação e tomada de posse dos órgãos autárquicos do Município de Anadia eleitos para o quadriénio 2021-2025 realizou-se na manhã de 16 de outubro. Do ato eleitoral, do passado dia 26 de setembro, Teresa Cardoso renovou o mandato na presidência da Câmara de Anadia pelo Movimento Independente Anadia Primeiro, com 45,34% dos votos, elegendo assim quatro vereadores. O Partido Social Democrata mantém dois vereadores com 27,16% dos votos e o Partido Socialista ganhou um vereador tendo atingido 13,28% dos votos.
Teresa Cardoso, Jorge Sampaio, Jennifer Pereira e Lino Pintado, eleitos pelo MIAP; João Almeida e Jorge São José, eleitos pelo PSD; e André Henriques, eleito pelo PS, tomaram posse na Câmara de Anadia. No seu discurso, Maria Teresa Cardoso falou numa «vitória do concelho de Anadia», prometendo «trabalho com entusiasmo, dedicação e honestidade, com o mesmo empenho como da primeira vez». «Em política não pode valer tudo. Por mais fortes que sejam as nossas convicções e ambições, nada justifica o desrespeito», continuou a autarca, desejando que a partir desta data se exija «uma postura do saber estar e do saber ser; dignificando os cargos que nos foram confiados».
Nas freguesias, tomaram posse como presidentes Lúcia de Jesus em Avelãs de Caminho pelo grupo de cidadãos «Pela Nossa Terra». Pelo MIAP, tomaram posse José Carvalho em Avelãs de Cima; Mário Marinho em São Lourenço do Bairro; Carlos Torres em Vilarinho do Bairro; Ema Pato na União de Freguesias de Amoreira da Gândara, Paredes do Bairro e Ancas; Fernando Fernandes na de Arcos e Mogofores; e Óscar Ventura na União de Tamengos, Aguim e Óis do Bairro. Pelas listas do PSD, tomaram posse Manuel Neves, como independente, na Moita; Artur Salvador em Sangalhos; e Nuno Santos em Vila Nova de Monsarros. «Estamos perante um novo ciclo autárquico onde temos que refletir sobre o papel das freguesias e apostar nas mesmas», referiu Lúcia de Jesus, enaltecendo o trabalho das Juntas, que garantiu serem «o órgão mais próximo dos cidadãos».
Na Assembleia Municipal de Anadia tomaram assento dez deputados do MIAP, sete do PSD, três do PS e um da CDU. Por voto secreto foram eleitos para a mesa do órgão, Manuel Pinho como presidente; Arménio Cerca, primeiro secretário; e Anabela Monteiro, segunda secretária. «Este é um desafio, que é também um privilégio, que assumo com humildade, responsabilidade e seriedade. Anadia é a única razão de ser para estar aqui», referiu Manuel Pinho, presidente do órgão que descreveu como sendo «a sede da democracia local»: «Exige-se a promoção de debates sérios e frontais».
Rui Bastos, do PCP, desejou consensos «em prol do desenvolvimento do concelho», referindo que «Anadia é um município com grandes potencialidades, muitas ainda por explorar».
Do PS, o deputado Fernando Barbosa afirmou que «depois de oito anos de coligações, decidimos que o papel de um grande partido nacional é ir a jogo». «Procuraremos dar visibilidade às freguesias; descentralizar as assembleias; e dedicar especial atenção à situação sanitária», exemplificou.
«No sistema democrático cabe à oposição a crítica, mas também a apresentação de propostas alternativas», defendeu Mário Heleno, do PSD, acrescentando: «Vamos exercer o nosso papel de vigilância, servindo Anadia e os anadienses».
Já Nuno Portovedo, do MIAP, declarou que «a democracia precisa de todos». «Nesta assembleia primaremos pela defesa dos nossos ideais, sempre com respeito, defendendo uma política clara pelo bem comum: o do desenvolvimento do concelho de Anadia».
Texto de Mónica Sofia Lopes
Fotografias de José Moura