Após um período com serviços reduzidos, o Hospital Misericórdia da Mealhada retoma a atividade, adaptando-se, contudo, à «nova normalidade». «Sabemos que quando há meio ano fazíamos dez cirurgias por dia, hoje só conseguimos cinco», explica João Peres, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, assinalando que, atualmente, «a estrutura está mais pesada em termos de custos».

«São alterações que não estavam previstas, mas que as temos que ir preparando e adequando», afirma João Peres, considerando que «nada mais vai ser como antes» e que «a pandemia obrigou a pensar o futuro».

«Os cuidados de desinfeção e os custos com os materiais de Equipamento de Proteção Individual são muito maiores. Por outro lado, os serviços não têm a mesma rentabilidade. Onde antes tínhamos as camas todas cheias, agora temos uma abrupta redução», explica o provedor da instituição.

Para além disso, a direção da instituição depara-se com alguns desafios ao nível dos fluxos de circulação dentro e fora do Hospital, nomeadamente, pelo facto dos utentes, numa primeira triagem, estarem a ser atendidos no exterior do edifício, com auxílio da unidade móvel da Misericórdia. «Estamos, neste momento, a tentar criar novas soluções para colmatar diversas situações com que nos temos vindo a deparar nas últimas semanas», sublinha ainda João Peres.

 

 

Texto de Mónica Sofia Lopes publicado na edição impressa do Diário de Coimbra de 12 de outubro de 2020

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