O Município da Mealhada inaugurou, na tarde de ontem, o Jardim de Infância de Casal Comba, uma obra de remodelação e ampliação que custou cerca de 154 mil euros e que se insere numa empreitada da Autarquia, que incluiu também os Jardins de Infância do Canedo e no Carqueijo, num valor total de 605 mil euros. «O concelho da Mealhada tem feito um esforço muito grande na educação, procurando aproveitar ao máximo os fundos comunitários», elogiou, na cerimónia, a Delegada Regional de Educação da Região Centro, Cristina Oliveira.

São 38 crianças as que iniciam o ano letivo num jardim de infância completamente renovado. Com os trabalhos de remodelação e ampliação executados, a procura dos encarregados de educação obrigou à criação de duas salas de atividades na valência de Jardim de infância, transformando a sala polivalente, temporariamente, em sala de atividades. «Passamos de 24 para 38 crianças», enalteceu Guilherme Duarte, vice-presidente da Autarquia e responsável pelo sector da Educação do Município, garantindo que o edifício renovado poderá ter alguma consequência direta com o aumento de crianças, mas também o facto de ali perto estar uma zona industrial «influencia a procura por parte dos trabalhadores, muitos deles também encarregados de educação».

Para o presidente da Câmara da Mealhada, Rui Marqueiro, um município com emprego, escolas, centros de saúde e boas acessibilidades «é sempre uma boa aposta para fixação de pessoas». «Os três jardins de infância intervencionados são um investimento camarário com ajuda comunitária, através da Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial da Região de Coimbra», explica o autarca, garantindo que as próximas necessidades de intervenção são nas Escolas Básicas 2 da Mealhada e da Pampilhosa, assim como a conclusão das obras na Secundária da Mealhada, que fruto da «desistência» de dois empreiteiros vai agora para o um terceiro concurso público.

Aos jornalistas, Cristina Oliveira, Delegada Regional de Educação da Região Centro, elogiou o facto de a inauguração acontecer no dia de início do ano letivo, garantindo que «inaugurar uma escola» representa sempre «fixar alunos num território», atribuindo também o mérito disso «às populações que não tiram as crianças das povoações». «Estamos num espaço com excelentes condições e um bom parque exterior», enfatizou.

A infraestrutura dispõe dos espaços necessários à atividade letiva, no cumprimento do Despacho Conjunto 268/97 de 25 de agosto, nomeadamente, copa/cozinha, gabinete técnico, instalações sanitárias, incluindo uma adequada para pessoas com mobilidade reduzida, parque infantil e um espaço destinado a uma pequena horta. Foram executadas, de raiz, as diversas infraestruturas necessárias ao funcionamento do jardim de infância, nomeadamente o sistema de climatização constituído por piso radiante, a preparação de águas quentes sanitárias, com apoio de coletor solar, e a rede de dados dotada de fibra ótica.

As crianças que entraram, este ano letivo, no Jardim de Infância de Casal Comba serão acompanhadas por duas educadoras de infância e duas auxiliares de ação educativa, bem como por docentes contratados pela Câmara Municipal que complementam as atividades letivas nas áreas de inglês, atividade física e música.

 

Arranque de aulas «tranquilo» na região Centro

Na região Centro iniciaram ontem o novo ano letivo 2020/2021 180 mil alunos. «Decorreu com normalidade tendo em conta o que o atual contexto permite. Todas as escolas apresentaram os seus planos de contingência, que serão obrigatoriamente ativados sempre que se justifique», declarou Cristina Oliveira, Delegada Regional de Educação da Região Centro, garantindo que «há briefings semanais», com diversas entidades, para se ir analisando a situação.

«Sabemos que o ano é atípico», referiu ainda a dirigente, recordando que o afastamento não é a única medida de segurança existente nas escolas, «as que não o conseguem fazer, colocaram acrílicos a separar carteiras, arranjaram sistemas de arejamento e muito reforço no uso de máscaras». «Não há duas escolas iguais, mas a educação na nossa região está tranquila», afirmou.

 

 

Mónica Sofia Lopes