A obra de recuperação da antiga Destilaria do Instituto da Vinha e do Vinho, inserida na “Requalificação Urbanística do Centro Histórico da Mealhada”, está terminada e pronta a ser dinamizada. E à autarquia mealhadense até já chegou interesse por parte da “Digital Terroirs”, uma agência de marketing e comunicação especializada no setor vinícola, em ocupar aquele espaço.

A intenção da referida empresa foi, pela segunda vez consecutiva, levada a reunião do executivo camarário da Mealhada. Na sessão de 27 de agosto, Rui Marqueiro, presidente da autarquia, declarou que a antiga Destilaria pretende ser “um espaço destinado aos produtores da região”, bem como para a realização “de eventos de natureza vínica”, sendo a “Digital Terroirs” uma empresa “muito dedicada à fotografia e produção de rótulos” no setor dos vinhos. Para o edil, trata-se de um local “muito bonito, no centro da cidade”.

Arminda Martins, vereadora na autarquia, manifestou-se favorável à presença da referida empresa, com sede na Mealhada, naquele local. “Esta empresa teve início no Espaço Inovação e seria a primeira a mostrar trabalho num espaço do Município. Julgo que deveríamos fazer uma experiência por um ano”, disse, enaltecendo o facto “de terem uma carteira de clientes muito grande nesta área, a nível nacional”.

E tal como aconteceu na reunião anterior, na manhã de ontem (3 de setembro), Hugo Silva, da coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada”, quis saber “o que o Município pretende para aquele espaço”. “Temos uma entidade interessada em ocupá-lo, mas o que é que de facto havia pensado para aquele local?”, questionou.

Arminda Martins referiu que a candidatura para aquele local, no âmbito do PARU (Plano de Ação de Regeneração Urbana), “teve sempre um objetivo concreto”, nomeadamente, “na incidência na vertente turística, na promoção e fixação da população na cidade e na divulgação e exposição de produtos endógenos”.

Também o vereador Nuno Canilho referiu ser um espaço “por si só museológico”. “Até já foram contactados antigos funcionários para descodificar muito do material que está na destilaria”, acrescentou ainda Arminda Martins.

Mas Hugo Silva insistiu na ideia de que se estava “analisar um projeto ainda muito abstrato”, declaração que levou a vereadora a enfatizar que “a proposta que está em cima da mesa cai precisamente naquilo que pretendemos para aquele espaço”.

Rui Marqueiro referiu ser esta área (dos vinhos) “de muito interesse para o Município”. “Alguém que venha de fora e não conheça nada aqui, se se dirigir ao Posto de Turismo e for reencaminhado para uma antiga Destilaria, onde haverá muita informação de viticultura, isso tem todo o interesse!”, concluiu.

Na mesma reunião foi ainda dada a conhecer a informação, enviada pelo Gabinete do Secretário de Estado das Autarquias Locais, sobre a “Lei Quadro da Descentralização”. Rui Marqueiro referiu que, no caso da Mealhada, as áreas da Educação e da Saúde “são as ponderáveis”.

 

Mónica Sofia Lopes