Para muito breve está prevista a assinatura de um “contrato-programa”, que permitirá um conjunto de iniciativas e ações fulcrais no Bussaco, entre o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e a Fundação.

“Trata-se essencialmente de uma mudança de ciclo, desde o início da existência da Fundação Mata do Bussaco, no qual a Administração Central vem, finalmente, de uma forma estruturada e organizada, assumir algumas das responsabilidade de um território que é nacional, de todos nós”, explicou, ao «Bairrada Informação», António Gravato, presidente da Fundação, recordando que este apoio, até agora, tem vindo “a ser garantido, unicamente, pela Administração Local (a Câmara da Mealhada)”.

“Este ‘contrato-programa’ será assinado no início de março e fará parte de um projeto inovador em conjunto com os Municípios da Mealhada, Mortágua e Penacova, que se revêem num Compromisso Nacional de Enquadramento da Região da Bairrada – Beira Aguieira”, continuou António Gravato.

E especificamente este “entendimento” visará “a constituição de uma Brigada de Sapadores Florestais, constituída por três equipes e com o apoio logístico de meios pesados; e a implementação de um conjunto de ações do Plano Específico de Intervenção Florestal (PEIF) e de um sistema inovador de Videovigilância Florestal”.

Será ainda implementado “um projeto de qualificação, manutenção e sinalização de árvores classificadas de Interesse Público”; e a “execução de um projecto de educação ambiental e de sensibilização de apoio pragmático a políticas sociais e educativas no âmbito da Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI)”.

E sendo o tema dos incêndios um dos assuntos principais “da ordem do dia” nos meses quentes que se avizinham, Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, enfatiza que a contratação de empresas e sapadores tem como principal objetivo “uma atuação, o mais musculada possível, para aumentar a nossa resistência aos fogos florestais”.

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

Fotografia de José Moura