António Baptista Pires tomou posse, ontem, como presidente da Comissão Política de Secção na Mealhada do Partido Social Democrata. Presentes na cerimónia estiveram Silvério Regalado, vice-presidente da Distrital, e Pedro Alves, coordenador autárquico nacional do partido, ambos deputados à Assembleia da República na atual legislatura, que perante o plenário aconselharam o PSD local acarinhar e estimular os militantes, criando proximidade com os munícipes. «Saibam ouvir porque isso fará que sejam encontradas as melhores soluções e as melhores pessoas», enfatizou Pedro Alves.

Não faltaram as congratulações à anterior comissão política, mas para o coordenador autárquico nacional do PSD, o partido «tinha de ter feito mais, percebido que havia um cansaço face ao Partido Socialista e ter criado um projeto político alternativo. A isto chama-se falta de proximidade. Há um grande potencial no PSD Mealhada, mas temos de perceber a sociedade tal como o movimento cívico a percebeu, nas últimas autárquicas». «Hoje ninguém vem ter connosco, até porque as pessoas não têm a mesma disponibilidade e encantamento pela política», continuou, defendendo que se saiba «ouvir bastante, com diálogo e responsabilidade, só se podendo dar aquilo que é possível».

Sobre o facto de as eleições internas do PSD local terem tido duas listas, Pedro Alves garante «não ser um problema, mas sim a democracia a funcionar». «Temos de perceber bem o eleitorado. Se vocês foram os mais esclarecidos cá dentro, são os melhores preparados para ganhar as eleições lá fora. O partido tem de se abrir e ir ao encontro de outros partidos e projetos políticos», disse, desafiando a Concelhia «a crescer em termos de militância e ajudar a construir um projeto político para o concelho».

Palavras corroboradas por Silvério Regalado que referiu que «hoje começa um novo ciclo, extremamente importante, cujo objetivo é que o PSD tenha o seu símbolo na Câmara Municipal», defendendo que «as pessoas fazem toda a diferença».

O novo presidente da Comissão Política de Secção na Mealhada começou por afirmar ser «com um orgulho indisfarçável que a equipa recém-eleita vos recebe nesta tomada de posse, que será também uma grande jornada de trabalho», agradecendo ao mealhadense Gonçalo Breda Marques, atual adjunto do Ministro dos Assuntos Parlamentares e primeiro subscritor da lista vencedora no PSD Mealhada. «Mais do que um projeto de singularidades, quisemos ser a onda que se cansou da inércia e, por isso, o nosso primeiro passo foi o de promover uma ação enérgica de filiação, onde em pouco mais de dois meses duplicamos o número de militantes ativos, muitos deles afastados há mais de uma década», referiu o recém-eleito, acrescentando que foi criado «um propósito agregador e com este resultado passamos a ser o partido dos militantes, mas também queremos ser o de todas as pessoas que escolheram o nosso concelho para morar e trabalhar».

«Pretendemos auscultar os munícipes em todas as freguesias, ouvindo as carências e aplicando as soluções eficazes; ouvir os maiores técnicos e políticos do país; criar espaços próprios de diálogo; e apostar nos jovens e na JSD», elencou António Baptista Pires, apelando «ao apoio de todos».

No final da sessão, Jacinto Silva, que também ontem tomou posse como presidente da mesa de plenário, agradeceu os discursos, sublinhando que «a Comissão tem de pedir ajuda a quem sabe, aprendendo com “os mais batidos”. Somos só uma força e temos de estar todos unidos».

 

«Em cem dias já lançamos o concurso de concessão do Palace Bussaco»

«Em cem dias já fizemos diferente, com outras ideias, daquilo que não fez o anterior Governo em mais de três mil dias», referiu Silvério Regalado, explicando que «a ação governativa também tem impactos locais e um dos momentos importantes para esta terra foi o lançamento do concurso da concessão do Palace do Bussaco». «É dos espaços mais importantes que temos no país e julgo que esteve vinte anos a aguardar por este concurso. Em cem dias já o fizemos», congratulou.

Também Pedro Alves sublinhou que o facto do PSD estar no Governo, neste momento, «só trará vantagens para as Concelhias e, para a Mealhada, estamos muito focados em criar um bom projeto político».

 

Mónica Sofia Lopes