O empreiteiro responsável pela obra da Escola Secundária da Mealhada, adjudicada em maio de 2018 e com uma previsão de duração de seis meses, reconheceu, esta semana, perante a autarquia “não ter condições para a terminar”, tendo pedido “a resolução do contrato”. A Câmara da Mealhada prepara agora um concurso público urgente.

Era previsível que o ano letivo de 2018-2019 tivesse iniciado ainda com as obras a decorrer, previstas terminarem em Novembro de 2018. Nessa altura, não só não estavam terminadas como muito ainda havia a fazer.

Durante todo esse período a Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas da Mealhada manifestou, por diversas vezes, nomeadamente com deslocações a Assembleias Municipais, o desagrado pela situação, lamentando sempre que a comunidade escolar estivesse a ser prejudicada.

Os lamentos foram também sucessivamente manifestados pela autarquia mealhadense ao empreiteiro que, no início desta semana, e depois de oito meses de atraso da data prevista de entrega (novembro 2018), “reconheceu não ter condições para terminar a obra”. À resolução do contrato, segue-se agora um novo concurso público urgente.

Uma decisão tomada por mútuo acordo e que, ao «Bairrada Informação», Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, declarou ter sido “a melhor solução”. “Se tivéssemos que seguir para litigioso tudo ia ser mais difícil”, garantiu.

“Agora temos que inventariar tudo o que foi feito e abrir um concurso público urgente”, adiantou ainda o autarca, explicando que há um “conjunto de situações administrativas a resolver”, mas que depois de adjudicada, prevê que “a obra possa ser concluída no menor tempo possível”.

Recordamos os nossos leitores que os trabalhos previstos na Escola Secundária da Mealhada incidiam sobre intervenção nas casas de banho, receção, escadas interiores, envidraçados, instalação de um elevador e colocação de protecções ao frio e calor de forma a proteger as salas de aula da escola. No contrato estava ainda prevista a requalificação do sótão, transformado em espaço utilizável, e o balneário (interior e exterior), bem como o seu acesso. As condições para melhoria do acesso pedonal à escola estavam também programadas.

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

Fotografia de Arquivo com Direitos Reservados