O arranque oficial do ano letivo 2018 – 2019 da Universidade Sénior da CADES – Cooperação Artística, Desportiva, Educativa e Social -, da Mealhada, aconteceu na tarde do passado dia 2 de outubro. Para assinalar o início deste sétimo ano, a CADES “apadrinhou” um Mocho Galego, cujo seu lançamento foi feito por um técnico do Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens.

O Centro de Interpretação Ambiental, no Parque da Cidade da Mealhada, que no dia anterior assinalou três anos de existência, foi o palco para a receção dos noventa e três alunos da Universidade Sénior CADES. “Este é um número bastante expressivo para nós, onde temos alunos do concelho da Mealhada, mas também de fora”, disse Patrícia Figueiredo, coordenadora da Universidade, acrescentando que “as pessoas procuram, cada vez mais, uma via ativa, pós-reforma”.

“Sejam bem-vindos. Sejam felizes!”, desejou também Maria Conceição Rosmaninho, presidente da direção da associação, que apelou a que os alunos “vistam a camisola, como eu vesti há mais de sete anos”. “E quando alguma coisa não correr bem, falem connosco”, concluiu.

Presente na cerimónia esteve Guilherme Duarte, vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada, que começou por elogiar o Centro de Interpretação Ambiental, infraestrutura que acolhe algumas aulas da Universidade. “Este é um espaço magnífico e é um prazer acolher estas pessoas, que têm uma postura ativa na vida”, referiu o autarca.

Pelo sétimo ano consecutivo, encontrámos a aluna Isabel Canilho, oriunda de Sernadelo. “O que me traz aqui é o convívio, as novas amizades e a ocupação de tempo, pese embora ainda esteja no ativo com um negócio próprio”, disse, ao nosso jornal, a aluna, enfatizando que “gosta de sair, fazer coisas novas e viajar”. “Há viagens educativas que fazemos aqui, com guias, que de outra forma nunca as faria”, acrescentou ainda, declarando que a aula de Yoga é a sua preferida.

Do concelho de Anadia, falámos com Maria Coelho, “caloira” da Universidade no presente ano letivo. “Com os filhos fora, é preciso saber o mínimo de Informática e foi isso, essencialmente, que me trouxe aqui”, referiu a nova aluna, que acompanhada do marido, frequenta ainda as aulas de hidroginástica e já faz parte da Tuna.

Antes de cortar o bolo, oferecido pelo parceiro Rei dos Leitões, alunos e formadores “devolveram” à natureza um Mocho Galego com a ajuda do CERVAS, um hospital de animais selvagens, “que são encontrados feridos” e recuperados, neste caso, no centro de Gouveia.

Ricardo Brandão, do CERVAS, referiu que a libertação “é feita normalmente no local onde os animais são encontrados”, deixando o conselho para quem encontrar um animal selvagem. “Devem recolhê-lo, sem levar para casa (por causa das doenças que pode ter), colocar numa caixa com furos e entregar no Posto mais próximo da Guarda Nacional Republicana”, apelou.

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

Galeria de fotografias, de JOSÉ MOURA, em https://www.facebook.com/bairradainformacao/