A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Centro, procedeu à detenção, em cumprimento de mandado emitido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra, de um homem, solteiro, estudante e ex-bombeiro voluntário na corporação da Pampilhosa (concelho da Mealhada), pela presumível prática de cinco crimes de incêndio florestal, de 4 de abril a 25 de maio de 2017. Ontem, dia 9 de janeiro, o jovem, de dezanove anos, começou a ser julgado em Tribunal, tendo-se, e segundo nota do Diário de Coimbra, “remetido ao silêncio”.

A 17 de junho de 2017, e com base num comunicado publicado pela Policia Judicária, o «Bairrada Informação» escreveu que “os incêndios tiveram lugar em terreno povoado de mato, eucaliptos e pinheiros, tendo ardido uma área aproximada de vinte mil metros quadrados, no total, só não tendo atingido maiores proporções devido à pronta intervenção dos bombeiros”.

“O suspeito colocou os incêndios utilizando chama direta (isqueiro) e atuou num quadro de atração pelo fogo e pelo desejo de participar no respetivo combate”, lê-se ainda na comunicação da P.J., que acrescenta que “o detido, de dezanove anos, foi presente às autoridades judiciárias competentes para primeiro interrogatório tendo ficado sujeito a prisão preventiva”.

Para as câmaras da SIC, também na altura, Fernando Abrantes, comandante dos Bombeiros Voluntários da Pampilhosa, confirmou a presença de elementos da PJ no quartel, dizendo que “foram confrontados com alguns elementos que podem ser interessantes” para o seu trabalho.

O comandante disse ainda que quando “tem os bombeiros na corporação é para ensinar o melhor”. “Não nos passa pela cabeça dizer-lhes: ‘não ateiem incêndios’. Estão aqui para combater, não para o contrário e não temos meios suficientes para perceber este tipo de situações”, acrescentou.

 

Texto Mónica Sofia Lopes

Imagem de Arquivo