Maya, apresentadora de televisão e taróloga, juntou-se, na tarde de 3 de agosto, às cerca de duas dezenas de figuras públicas que plantaram uma árvore na Mata Nacional do Buçaco, no último ano meio. A iniciativa levada à cabo há vários meses vai originar, e segundo António Gravato, presidente da Fundação Bussaco, “ainda este verão”, uma rota das árvores “famosas”.

A convite da Câmara Municipal da Mealhada e da Fundação Mata do Bussaco, Maya deslocou-se ao concelho da Mealhada, mais concretamente à “floresta pública candidata a Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura)”. A iniciativa visa, por um lado, “contribuir para a reflorestação do Bussaco” e, por outro, “dar um sinal aos portugueses da necessidade de todos contribuirmos para a preservação do meio ambiente”.

“A prioridade hoje é falar sobre este ato simbólico e proteger, assim, a ‘nossa’ floresta”, declarou Maya, aos jornalistas, garantindo que “é importante calçar as luvas e atuar”. E foi o que a apresentadora de televisão quis fazer com o gesto: “Vim aqui dar o exemplo”.

Um azereiro, uma espécie endémica, foi a árvore escolhida para a taróloga “mais famosa do país”. “Esta plantação insere-se no programa ‘Criar Raízes’ que fundamentalmente pretende que as pessoas criem uma ligação afectiva ao Bussaco e a todo este património – histórico, ambiental e patrimonial – muito valioso”.

Maya aplaude a iniciativa e incentiva a sua replicação: “O que fizemos aqui, hoje, pode e deve ser feito por todo o país”. “É uma honra enorme fazer parte desta ‘luta’ ambiental para que Portugal seja melhor. A partir de hoje tenho o compromisso de cá voltar”, disse ainda.

“Esta iniciativa de plantação de árvores enquadra-se no projeto de reflorestação que a Fundação tem vindo a desenvolver na Mata Nacional do Bussaco, a única floresta pública portuguesa a receber a certificação FSC (gestão florestal ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável)”, lê-se ainda num comunicado de imprensa da Fundação.

A vinda de Maya “trouxe” ainda uma novidade: a criação de uma rota de todas as árvores que tenham sido plantadas por pessoas com mediatismo ao nível nacional. “Assim, as pessoas podem ver aqui as árvores plantadas dos artistas, políticos e muitos outros que por aqui passaram e deixarem um testemunho físico”, explicou o  presidente da Fundação Bussaco.

A notícia surge numa altura em que António Gravato garante “estar também para breve a classificação do Bussaco e todo o património edificado a Monumento Nacional”. “Apenas aguardamos a ratificação em Conselho de Ministros”, concluiu.