Na tarde da passada quarta-feira alguns munícipes, residentes na cidade da Mealhada “receberam” a visita de alegados colaboradores de operadores de energia e de gás. Se num dos casos houve até uma assinatura de contrato, em outro os indivíduos queriam “apenas” ver as faturas da luz por alegadamente “existirem irregularidades”.

“Eram cerca das 15 horas quando tocaram na porta do prédio e a minha mãe, com oitenta e nove anos de idade, atendeu. Disseram-lhe que havia uma urgência em ver as facturas da luz que estavam, supostamente, em meu nome porque havia uma irregularidade”, começou por nos dizer Ana Cristina Melo, residente no centro da cidade da Mealhada, numa das ruas de maior movimento por ser ali que se situam grande parte de serviços públicos.

Uma situação estranha uma vez que, segundo Ana Cristina Melo, “as faturas do apartamento estão em nome do marido, que curiosamente trabalha para a EDP”. “Julgo que viram o meu nome no intercomunicador e a partir daí iam ver se conseguiam entrar. A sorte é que a minha mãe está proibida de abrir a porta nestes casos”, disse ainda a testemunha com quem falámos.

Mas não descansada com a situação, Cristina Melo garante ter telefonado, na manhã de ontem, para o Posto da Mealhada da GNR a dar o alerta. Um alerta que o «Bairrada Informação» não consigou confirmar.

Pedro Batista, também morador numa outra rua da cidade da Mealhada, contou-nos que lhe bateram à porta na hora do almoço do dia 18 de janeiro, mas, desta vez, houve um contacto direto e um contrato assinado. “Disse-me o nome, e a operadora de onde vinha, e pediu-me as faturas da luz e de gás. Como as taxas que apresentou eram mais baixas do que as que tinha, acabei por fazer a alteração. Ainda fui informado que o contrato só entrará em vigor dali a duas semanas, mediante um telefonema”, acrescentou Pedro Batista.

E no momento em que o jovem estava à porta a falar com o representante da sua “nova” empresa de luz e gás, houve quem o visse e, mais tarde, o avisasse que “nas redes sociais existiam alguns alertas para uma situação que vinha desde Oiã”. “Parece que se fazem passar por funcionários da EDP, dizem que querem ler os contadores e pedem dinheiro pelos acertos. Agora estou um bocadinho de pé atrás com o contrato que realizei”, concluiu ainda Pedro Batista.

 

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