Cinco de novembro, é uma data que nos estimula a agir, apesar de muitas vezes ignorada, tem um significado profundo e urgente, eu diria mesmo emergente!

Portugal, não pode continuar à espera e de braços cruzados, sob pena de estar a perpetuar um erro imperdoável, confundido prioridades, deixando de proteger e atropelando a defesa da dignidade humana. Reconhecer e valorizar quem dedica seu tempo e esforço aos outros, é uma forma de valorizar a nossa própria HUMANIDADE!

No nosso país são inúmeros, milhares diria, os cuidadores informais, na sua maioria são familiares e são mais mulheres as que cuidam, que por dever ou amor se dedicam ao CUIDAR.

Por incrível que pareça, muitas dessas pessoas não se reconhecem como cuidadores, embora desempenham essa missão com dedicação, desafios, desgaste físico e emocional, sacrifícios diários, muitas vezes levando à exaustão e a problemas de saúde mental.

O envelhecimento demográfico continua a traduzir-se no aumento de pessoas com doenças neurodegenerativas, com necessidades complexas e exigentes, que recaem frequentemente sobre cuidadores informais não preparados, sujeitos a sobrecarga física, emocional e social. É, por isso, imperativo consolidar estratégias sustentadas de apoio e capacitação, facilitando o acesso a recursos, redes formais de suporte e conhecimento técnico-científico atualizado.

Um cuidador informal é uma pessoa não profissional que cuida de um familiar ou amigo que se encontra numa situação de dependência, seja de forma regular ou permanente. Estes cuidadores podem ser classificados como principais (que vivem com a pessoa cuidada e a acompanham a tempo inteiro sem remuneração) ou não principais (que prestam cuidados de forma regular, mas não permanente, e podem ou não receber remuneração).

HOJE e SEMPRE é dia de homenagear todos os cuidadores que de forma voluntária e muitas vezes silenciosa dedicam uma parte significativa das suas vidas a cuidar dos outros.

É imperativo que a sociedade desperte para a realidade dos cuidadores informais.

 

Artigo de Fátima Cruz